PASSEIO PAULISTANO
Às vezes tudo dá
errado, mas acaba de forma perfeita. Queria ir à Avenida Mercúrio, mas acabei
do lado oposto, nas imediações do Parque D. Pedro II. O jeito é caminhar. Um
taxista me diz que devo seguir o gradil depois da banca de jornal, pois é logo
à frente a passagem para a tal avenida. Depois da banca não há sinal de gradil,
mas sigo na direção indicada e me vejo em meio à zona cerealista do mercado. Uma
mistura estranha de odores – cebolas, abacaxis, cenouras, batatas e os miasmas
do rio Tamanduateí etc. Lá vem um rapaz puxando um carrinho transbordando de
jaca, desviando aqui e ali de caixotes, pedestres e sacos de lixo. Difícil
acreditar que ali é a Avenida do Estado.
Enfim, alcanço a
Avenida Mercúrio, o gradil e o canal fétido em que transformaram o antigo rio...
Chego ao Palácio das Indústrias onde funciona o Museu Catavento (em bom
português: cata-vento). Oh! Céus! Está lotado de crianças. As escolas públicas
vêm desenvolvendo um importante programa de visitas a museus e galerias de arte.
E o Museu Catavento é perfeito para um dia especial de aprendizado e diversão. Fui
pelo invólucro (arquitetura) e gostei muito do conteúdo (as quatro seções – Universo,
Vida, Engenho e Sociedade).
A volta é mais
longa, com direito a uma Heiken no Mercado para garantir o fôlego e enfrentar o
mar de gente que se movimenta pela ladeira Porto Geral ávida por uma boa compra
na Rua 25 de Março e adjacências. Na calçada abarrotada de vendedores de
quinquilharia, acabo me refugiando na velha Igreja Ortodoxa Antioquina da
Anunciação de Nossa Senhora onde bato um ligeiro papo com o rapaz que cuida do
templo gracioso e discreto naquela babel paulistana. Uma terça-feira e tanto!
Palácio das Indústrias. |
Era uma vez um rio... |
Igreja Ortodoxa Antiioquina. |
Endereço:
Av. Mercúrio, s.n.
Horário:
das 9 às 16h (permanência até 17h).
Ingresso:
R$ 6. Estudantes, aposentados e idosos: R$ 3. Aos sábados, gratuito para todos.
Estacionamento:
R$ 10 por até 4 horas.
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