A ARTE CORREIO
A arte correio, surgida nos anos de
1960, de acordo com Paulo Roberto Barbosa
Bruscky, oferecia uma série de possibilidades para explorar e
veicular o trabalho artístico – o envelope como obra, o conteúdo, o postal, o
aerograma, o telegrama e o telex. “O genial da arte correio é que existia uma
corrente e o Correio era o único meio de comunicação incontrolável (...).” A
XVI Bienal de São Paulo teve uma sala de arte postal, que gerou muita polêmica.
Em um trabalho para a UNICAMP sobre a exposição, Carolina Tiemi Odashima
(bolsista na época) explicava que a arte postal se caracteriza “por seu valor
subversivo, político, marginal democratizante, pela lógica do quantitativismo,
da efemeridade e da transitoriedade”.
A arte correio fez um grande sucesso no
mundo todo, não se prendia a questões de nacionalidade; as pessoas engajadas no
movimento se empenharam em não quebrar essa corrente, pois ela permitia
discussões sistemáticas. Os artistas participantes da corrente em todo o mundo muitas vezes
nem se conheciam e por meio da arte denunciavam governos ditatoriais, as ações
contra a liberdade de expressão e assim obra
era a informação, segundo Bruscky,
que foi preso por causa de seu trabalho. Museus
e os colecionadores buscam a comprovação dessa troca de informação, “mas a obra
em si não era palpável, era essa troca de informação e essa resistência no
mundo todo”.
Para aprofundar o tema:
enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa7783/paulo-bruscky
www.museudapessoa.net/pt/conteudo/pessoa/paulo -roberto-barbosa-bruscky-4063
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