sábado, 26 de novembro de 2016

PAPAI NOEL DOS CORREIOS

Papai Noel é um mito adorável que sobrevive apesar da distorção do sentido original da festa familiar em favor de um consumismo promíscuo incentivado pelos interesses econômicos em escala mundial. Se antes as famílias presenteavam apenas as crianças, hoje é quase obrigação presentear a todos mesmo à custa do endividamento antecipado no ano que vai chegar.
Crianças de famílias pobres não entendem bem o motivo de não receberem presentes quando a publicidade na TV, nos outdoors e em revistas mostra um mundo tão cor-de-rosa e um velhinho tão pródigo em promessas – alguns até dão plantão em lojas, shoppings e magazines ouvindo pedidos que nem anotam.  
Quem se importa com aqueles que não receberão presentes? Muita gente e, felizmente, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos cuja direção se comoveu com a quantidade de cartas endereçadas a Papai Noel, que chegava todo final de ano. Assim, há 27 anos foi criada a campanha “Papai Noel dos Correios”, que responde às cartas de crianças de todo o Brasil que escrevem para Papai Noel. Nos últimos três anos em todo o país foram atendidos mais de 1,5 milhão de pedidos — cerca de 80% das cartas dentro dos critérios de participação.
As cartas são lidas e as selecionadas de acordo com os critérios da campanha são postas para adoção na Casa do Papai Noel ou em outras unidades da empresa no País onde as pessoas devem ir para adotar uma delas. O endereço da criança não é informado ao “Papai Noel” ou padrinho. Os presentes são encaminhados pelos padrinhos para locais específicos designados pelos Correios que, naturalmente, se encarregam da entrega.

Uma campanha de solidariedade. 

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