CEMITÉRIO DE COLÔNIA
Hoje
é um bom dia para refletir sobre a vida, especialmente, quando se vive em uma
época em que a sociedade parece tão hedonista... O município de São Paulo tem 22
cemitérios públicos e 18 particulares. O cemitério mais antigo da cidade
chama-se Colônia, localizado em Parelheiros e, talvez, poucos o conheçam. Em
1827 chegaram a São Paulo os primeiros imigrantes alemães: eram 129 famílias
que foram assentadas em terreno doado pelo Imperador D. Pedro I em Parelheiros
para o estabelecimento de uma colônia agrícola. Ali, foi construído um
cemitério com áreas separadas para católicos e protestantes. Durante a II
Guerra Mundial ele foi fechado e em 1960, desativado. Entretanto, a Associação Cemitério dos
Protestantes promoveu o restauro com o apoio de entidades alemãs e o
Cemitério de Colônia voltou a funcionar em 18 de novembro de 2000. Quem quiser
visitar: Rua Sachio Nakau, 28.
O
mais conhecido cemitério dos protestantes foi criado em 1849 para atender à
comunidade que vivia na cidade e não professava o catolicismo – religião que se
tornou oficial com a Constituição de 1824. Foram os estudantes do Largo de São
Francisco que puseram o dedo na ferida. Em 1841, o jurista alemão e professor
da Faculdade Direito Julius Frank faleceu e por ser luterano teve o enterro
negado nos cemitérios da cidade. Os alunos não deixaram por menos e providenciaram
o sepultamento no pátio interno das Arcadas.
O
grave problema só começou a ser resolvido quando Henrich Heirichsen, procurador de diversos
estrangeiros, solicitou à Câmara em 1842 a criação de um cemitério para
resolver a questão, sendo então designado um terreno no Campo da Luz (Bom
Retiro). A autorização saiu apenas em 1843 e a área foi dividida entre católicos
estrangeiros e estrangeiros não católicos. Era o Cemitério da Luz, mas a
população costumava chamá-lo de "Cemitério dos Estrangeiros", "Cemitério dos
alemães", "Cemitério dos Protestantes”. Nessa
ocasião, foi criada a Associação
Cemitério dos Protestantes, que se tornou uma das importantes entidades
mantenedoras de cemitérios e crematórios do Brasil.
Após a inauguração do Cemitério
da Consolação em 1858, foram construídos na mesma área o Cemitério Ordem
Terceira do Carmo (católico) e o Cemitério dos Protestantes (ecumênico) ambos
na Rua Sergipe.
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