VERÃO. VAMOS À PRAIA.
Peruíbe
(rio de tubarões em Tupi) fica a 140 quilômetros da cidade de São Paulo e tem uma
história bem movimentada, que começa com a construção da Igreja de São João
Batista após a chegada da expedição de Martim Afonso a São Vicente. Em 1549
desembarcou por lá o padre Leonardo Nunes, que os nativos apelidaram de
Abarebebê (Padre Voador) porque era incansável em suas idas e vindas pela
região. Em 1554, José de Anchieta também passou pela região. Com a expulsão dos
jesuítas em 1773, a igreja foi abandonada e hoje é um bem tombado e ponto de
turismo.
A
emancipação de Itanhaém ocorreu em 1959 e desde 1974 Peruíbe é uma das quinze estâncias
balneárias do Estado de São Paulo. O município entrou para a história do
ambientalismo brasileiro, quando a sociedade se mobilizou contra a construção
de usinas nucleares na praia do Arpoador, na Jureia. Em 1980, o presidente
general João Figueiredo assinou o decreto de desapropriação de uma faixa 45 km desde
a Praia do Guaraú até a praia do Prelado, com largura variável de 5 a 10 km
para construir usinas nucleares. A ironia é que o decreto favoreceu a criação
da Estação Ecológica da Jureia-Itatins, que ganhou mais 22 mil hectares. O programa
nuclear brasileiro desmoronou por falta de recursos e a sociedade paulista
aproveitou para consolidar a preservação da região que é uma das mais belas do
Estado de São Paulo. Peruíbe tem sete unidades conservação ambiental que
abrangem quase a metade do seu território.
A
cidade tem 32 km de praias e as ilhas Queimada Grande, Queimada Pequena; Guaraú, Grande, Boquete e
Guararetama, População: 60 mil habitantes.
Em
1905 Benedito Calixto registrou sua passagem pelas Ruínas do Abarebebê. A obra (óleo sobre tela) pertence à coleção particular.
Fotos: http://www.novomilenio.inf.br/
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