E ASSIM FOI...
Redação: em busca de notícia em plantão de domingo (1972). |
O jornal CIDADE DE SANTOS
circulou pela primeira vez há 50 anos. No dia 1º de julho de 1967, a cidade
ganhou um grande presente de Carlos Caldeira Filho (1913- 1993) que, mais tarde, se tornaria prefeito nomeado
de Santos por um curto período. Fiz uma breve história do jornal, que encerrou
suas atividades no dia 15 de setembro de 1987, a partir do depoimento do
jornalista Antonio Ággio Jr., que foi responsável pela implantação do
periódico. A história foi contada ao jornalista Rubens Fortes ERRE, que fez um
belo trabalho reunindo histórias daqueles vinte anos. A memória falha e prega peças, por isso é
possível que faltem nomes na lista de funcionários, mas basta acrescentá-los.
Ao longo dessas duas
décadas o CIDADE DE SANTOS acompanhou (como A TRIBUNA) os momentos críticos que
a cidade e o país vivenciaram e que resultaram na perda de autonomia de Santos
e Cubatão em 1968 até 1984 quando se realizaram eleições novamente. Como muito
bem disse o ERRE em A TOCA (8/2/2000* – póstuma segundo ele): “quando o povo
não tinha a arma do voto, tinha a arma do CIDADE. Agora tem o voto, mas não tem
o CIDADE”. As portas do jornal estavam abertas para todos e os repórteres das
diversas editorias, sempre disponíveis para ouvir as reclamações
(GERAL/SINDICATO), as reivindicações (BAIRROS), os sonhos e decepções (A PESSOA).
O ESPORTE encontrou grande apoio no jornal, que promoveu campeonatos de futebol
de várzea e dente de leite agitando os fins de semana na praia ou na periferia.
Era sempre possível saber do movimento do Porto – idas e vindas de navios,
cargas e descargas, encalhes, incêndios e o que mais por lá houvesse. O SAMBA
tinha voz na pena do colaborador J. Muniz Jr. (LORDE BATUCADA), que entre um
carnaval e outro pesquisava a história da região. Ao folhear as páginas de
VARIEDADES observa-se A agitada vida cultural da cidade – onde não faltavam os festivais
de teatro e cinema. À editoria de POLÍCIA cabia mostrar com tintas fortes o
lado marginal da cidade que assistia à agonia da famosa Boca do Lixo, que
Plínio Marcos tão bem retratou em sua obra... E assim “la nave va”... Tudo tem seu tempo e o do jornal CIDADE DE SANTOS
passou. Deixou saudade, sim, mas a vida continua. Os tempos são outros. C’est la vie...
(Texto publicado no Facebook no dia 1º de julho.)
ÁLBUM de fotos pessoais do que trabalhei no jornal CIDADE DE SANTOS - 1970/1977 e 1984-1987).
Abaixo, algumas fotos do período em que trabalhei no CIDADE DE SANTOS. A foca que entrevistou Leila Diniz até a fase mais experiente com o ator norte-americano, que viajava no Queen Elizabeth.
Entrevistando Leila Diniz na praia do Gonzaga, 1970 (Santos). |
Enchente no Vale do Ribeira, 1970. |
Porto de Santos: entrevista com Vincent Prince (1911-1993), que desembarcara do Queen Elizabeth. 1985. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário