PASSEIO RÁPIDO
Fui ao Orquidário de Santos para encontrar o autor da estátua da Náiade
que adorna a fonte logo na entrada do “próprio municipal”, como diriam jornalistas
da velha guarda (não é o meu caso). Nada feito*. Já que estava por lá, fui
procurar o pavão (muito pouco conhecido como Pavo cristatus, nome do RG
científico que lhe cabe). Não está à vista. Um funcionário perdido entre
vassouras e pás diz que ele está na muda e se recolhe nessa época. O que
esperar de uma ave que simboliza vaidade?
Que tal encontrar os jacarés, anunciados nas placas? Encontro dois senhores flanando entre as alamedas e pergunto se viram algum jacaré por lá. Um deles garante que tem um no riacho. Fica submerso e só com os olhos de fora. “É pequenininho, não é como aqueles da Florida (Miami).” Suspiro aliviada, se bem que ainda duvido que haja jacarés por lá, grandes ou pequenos, já que o aramado é irrisório.
Cágados aproveitam o sol e carpas vermelhas dão um colorido às águas
esverdeadas do lago (ou riacho?). Duas araras-azuis namoradeiras me observam
ressabiadas do alto do seu poleiro; passo por uma cutia que almoça
tranquilamente e me olha de esguelha, temerosa de dividir a ração comigo. Visito
a estufa onde encontro apenas duas orquídeas e alguns sabiás.
*Fui informada depois que João Batista Ferri assina a escultura.
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