sábado, 9 de março de 2019

CABRAL – O COMEÇO.

Marco do Descobrimento, Lisboa: 2010.


Há 519 anos o capitão-mor português Pedro Álvares Cabral, 33 anos, partiu de Belém, Lisboa, no comando de uma frota de treze navios e mil e quinhentos homens com destino à Índia. Uma grande festa, no dia anterior com a presença do rei D. Manuel I (1569-1621), marcou o evento. A expedição que, oficialmente, tinha caráter comercial era composta por soldados, aventureiros, religiosos e negociantes. Havia até um bom redator, Pero Vaz de Caminha (1450-1500) encarregado de relatar os fatos ao monarca português.


Se Cabral não tinha experiência em navegações de longo curso, lá estavam para assisti-lo Bartolomeu Dias, Diogo Dias e Nicolau Coelho, o que não impediu o “estranho” erro de rota, afinal em vez de desembarcar na Índia eles vieram dar com os costados em Pindorama 44 dias depois. Aliás, Pindorama já pertencia a Portugal que, prevenido, cuidara de assinar com a Espanha o famoso Tratado de Tordesilhas (1494) que definia a divisão de territórios que os dois países viessem a “descobrir”. Cabral apenas tomou posse em nome do rei. Enfim, o destino dos habitantes do Novo Mundo estava traçado antes mesmo que caravelas aportassem por aqui.
Tejo, porto de onde partiu a expedição de Cabral em 9 de março de 1550. (Lisboa, 2010)


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