A cidade parece
vazia. Poucas pessoas pelas ruas, muitas lojas fechadas, ônibus sem pressa e
com poucos passageiros... Parece. Pensei
que era boa ideia ir até a Zona Cerealista para tirar umas fotos, mas, na volta,
fui parar na área da Rua Vinte e Cinco de Março, onde encontrei TODO MUNDO! Entre
empurrões e cotoveladas para alcançar a estação do metrô ainda observei algumas
vitrines com árvores de Natal e Papai Noel, mas o carnaval já sufocou a festa
natalina, que agora é pretérito perfeito. Vendedores de água e bugigangas anunciam
seus produtos aos gritos; na entrada das lojas, funcionários tentam atrair
compradores que espiam as mercadorias. Há até quem tenha paciência para fazer
um lanchinho no meio daquele caos. Eu tento fotografar uma casa bem conservada que
se tornará centenária no ano que vem, mas só eu devo ter notado isso.
Acho que foi ao passar pela Rua Comendador Assad Abdalla que senti um
cheiro antigo, cheio de boas lembranças, mas que o novo tempo tornou ilegal.
Cheiro de lança-perfume! Olho em torno e nada vejo. Consigo chegar à Rua Barão de Duprat e lá vem
a multidão descendo a Ladeira Porto Geral pelas calçadas e ocupando,
despreocupada, o espaço dos automóveis. Enfim, a Estação São Bento! E continua
chegando gente... Natal passou, Carnaval vem chegando...
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