sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

O EDIFÍCIO ESQUECIDO

 

O paulista Paulo Abreu (1912-1991) tinha origem humilde, recebeu educação básica e amealhou fortuna com trabalho. Foi operário, ambulante, balconista e comerciante até que aos 24 anos montou a Indústria Têxtil Paulo Abreu S.A. em Itatiba. Esse foi o início porque depois foi diversificando os negócios, que incluíam jornal e rádio, empresa imobiliária até se tornar mais tarde banqueiro. A carreira política começou em 1950, mas isso é outra história.

As informações sobre Paulo Abreu variam conforme a fonte ‒ ele pode ter nascido em Araras ou na cidade de São Paulo, o prédio pode ter sido construído em 1945 ou nos anos 1950. Para sediar seus negócios construiu, no início da década de 1950, o prédio em estilo art déco, na Rua Itapura de Miranda, à margem do Rio Tamanduateí.

O Edifício Senador Paulo Abreu ficou conhecido como o prédio do Banco das Nações, que existiu até 1999, quando foi incorporado pelo Bamerindus, que foi incorporado pelo HSBC, que foi comprado pelo Bradesco. Nos anos de 1960, Abreu construiu uma nova sede para o banco, agora na Rua Conselheiro Crispiniano. O Edifício Senador Paulo Abreu domina a paisagem da zona cerealista, mesmo tristemente abandonado. Da rua é possível ver o jardim da cobertura. O relógio perdeu números e não registra a passagem do tempo inglório; a entrada principal está fechada e na lateral funciona uma frutaria. Se estivesse ocupado, as janelas se abririam para o viaduto “Diário Popular” que passa sobre o rio Tamanduateí. Uma paisagem melancólica.





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