Logo cedo helicópteros sobrevoam a região. Um barulho insuportável. E num mau início de manhã como esta nada como o belíssimo canto desta pequena ave (15 cm) que vive no Velho Mundo. O rouxinol canta durante o dia e mesmo à noite entre março e abril; em agosto migra para a África. O cantor é o macho e seu canto tem mais de 250 variações, segundo os ornitólogos.
“Tu não nasceste para a morte, ave imortal!
Não te pisaram pés de ávidas gerações;
A voz que ouço cantar neste momento é igual
À que outrora encantou príncipes e aldeões:
Talvez a mesma voz com que foi consolado
O coração de Rute, quando, em meio ao pranto,
Ela colhia em terra alheia o alheio trigo;
Quem sabe o mesmo canto
Que abriu janelas encantandas ao perigo
Dos mares maus, em longes solos, desolado.”
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