quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

PRAGAS DE AMOR

E não é que este cartum do Amigo da Onça (Péricles de Andrade Maranhão ‒ 1924-1961) trouxe à memória dos mais vividos uma balada que fez muito sucesso nos anos de 1960? A música que o Amigo da Onça canta chama-se “Esmeralda” e os autores são Filadelfo Nunes (?) e Fernando Barreto (1918-1988) e foi gravada por Carlos José (1934-2020)* e fez muito sucesso na voz inigualável de Agostinho dos Santos (1932-1973). O amante abandonado, movido pelo ciúme, no dia do casório deseja uma série de “desgraças” à amada: que os anjos não cantem na capela, o padre falte à cerimônia e que à festa não apareçam a orquestra e os convidados.  
  

 

ESMERALDA

Vestida de noiva, com véu e grinalda,

Lá vai Esmeralda, casar na igreja.

Deus queira que os anjos não cantem pra ela

E, lá na capela, seu vigário não esteja.

 

Deus queira que à noite, na hora da festa ,

Não venha a orquestra e não venha ninguém

Pra ver Esmeralda com véu e grinalda

Nos braços de outro que não é seu bem.

 

Quem devia casar com ela

Era eu, sim senhor.

Quem devia casar com ela

Era eu, seu amor.


*Carlos José faleceu vítima do Covid-19. 

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