terça-feira, 29 de novembro de 2022

MÁRIO E SÉRGIO, OBRIGADA.

 

Eu ia saindo do prédio e ela, passando. Cumprimentei porque não me era estranha. Atravessei a rua, segui meu caminho e eis que a reencontro na padaria. Ela sorri, comenta sobre as delícias espalhadas pelo balcão. Não resisto. “Eu a conheço de algum lugar, mas não consigo localizar.” Provavelmente, da biblioteca, diz ela. Claro! Bibliotecária da Mário de Andrade.

Esse encontro casual me faz lembrar que faz 40 anos que frequento a Biblioteca Circulante da Mário de Andrade. Assim que mudei para São Paulo em 1982 me inscrevi. Era na Praça Roosevelt em um prédio estranho em que havia uma loja Pão de Açúcar, uma escola infantil e a biblioteca. Em frente do famoso Cine Biju. Fiquei deslumbrada com a quantidade de livros maravilhosos e a cada quinze dias ia até lá escolher uma preciosidade. Aos sábados porque aproveitava para comer um doce na feira da Praça da República. Numa das salas ficavam os arquivos de aço, com as fichas datilografadas que o leitor consultava por assunto para localizar o livro desejado.

Alguns anos depois o prédio se deteriorou, chovia mais dentro do que fora. A biblioteca mudou para o casarão da Chácara Lane (rua da Consolação, 1024) e alguns anos depois foi para a rua Frei Caneca, Cerqueira César. Por uma série de fatores esse foi o único período em que não frequentei a circulante. Voltei quando terminou o restauro da Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94) e a circulante foi para lá. Desde então é possível consultar obras raras, visitar a sala dedicada a São Paulo e ver exposições. Jornais e revistas antigos? Logo ali do outro lado do jardim, na rua Dr. Bráulio Gomes, 139.

Frequento também a Biblioteca Sérgio Milliet no Centro Cultural São Paulo (rua Vergueiro, 1000), a minha preferida durante a pandemia porque posso ir a pé e não precisava agendamento para retirar os livros. O problema do agendamento na BMA era o “sistema”, que não reconhecia senha, demorava horas para se conseguir entrar na página e precisava ir de metrô...

Para se inscrever na Biblioteca Circulante é preciso apresentar RG e um comprovante de residência no município de São Paulo. A inscrição vale para todas bibliotecas públicas  municipais circulantes.

Fotos da Biblioteca Sérgio Milliet durante a pandemia (2020) quando os leitores faziam os pedidos e os livros eram entregues na entrada porque não era permitido circular pelas dependências da instituição.



https://www.prefeitura.sp.gov.br/.../secreta.../cultura/bma/

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