A comida na literatura brasileira é o tema escolhido pela Biblioteca do SESC-Carmo para animar os leitores.
“...digo-lhe que é melhor você criar
juízo e comer o arroz com feijão, picadinho de carne e tomate que estão no seu
prato – é comida muito gostosa, especialmente quando comida com um pouquinho de
pimenta e amor”. “Concerto para Corpo e Alma” – Rubem Alves (1933-2014).
“O pai entra carregando um prato coberto por uma lâmina de
papel alumínio.
– Acorda pra cuspir!
– grita, ao ver o filho inconsciente.
– Pai?
– Olha aqui.
– Ela fez aquelas sardinhas fitas que eu te falei, estão
uma delícia. Tem arroz, feijão e tomate.
– Obrigado, pai.
– Tem bacon no feijão, está uma delícia!”
“A arte de produzir efeito sem causa” – Lourenço Mutarelli
(1964).
***
“Certa manhã, arrumadas para a viagem a São Caetano, tomávamos
café, eu, mamãe e Vera, a outra viajante escalada. A cesta de vime levada
sempre nessas visitas, com alças, boa para ser carregada por duas pessoas, já estava
pronta, superlotada: com dois litros de vinho, linguiça de porco fresca,
linguiça calabresa, salames e queijos, ‘para ajudar o almoço de tia Joana’,
dizia mamãe.”
"Anarquistas graças a deus"– Zélia Gattai (1916-2008).
***
“Pulou da cama: como perder os enterros? Saiu do banheiro
já vestido, Gabriela acabava de pôr na mesa os bules fumegantes de café e leite.
Sobre a alva toalha cuscuz de milho com leite de coco, banana-da-terra frita, inhame,
aipim.
“Gabriela cravo e canela” – Jorge Amado (1912-2001).
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“É vem tutu
Por detrás do murundu
Pra cumê sinhozinho
Cum bucado de angu.”
“O triste fim de Policarpo Quaresma” – Lima Barreto
(1881-1922)
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Jigué viu que a maloca estava cheia de alimentos, tinha
pacova tinha milho tinha macacheira, tinha aluá e cachiri, tinha maparás e
camorins pescados, maracujá-michira ata abio sapota sapotilha, tinha paçoca de
viado e carne fresca de cutiara, todos esses comes e bebes bons...”
“Macunaíma” – Mário de Andrade (1893-1945).
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É uma galinha assada e um queijo-do-reino!
Vê que beleza, Nevinha! Vamos esconder o queijo para comermos depois,
numa hora de aperto!
“A farsa da boa preguiça” – Ariano Suassuna (1927-2014).
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