sexta-feira, 17 de março de 2023

HORA DO ALMOÇO

 A comida na literatura brasileira é o tema escolhido pela Biblioteca do SESC-Carmo para animar os leitores.

“...digo-lhe que é melhor você criar juízo e comer o arroz com feijão, picadinho de carne e tomate que estão no seu prato – é comida muito gostosa, especialmente quando comida com um pouquinho de pimenta e amor”. “Concerto para Corpo e Alma” – Rubem Alves (1933-2014).

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“O pai entra carregando um prato coberto por uma lâmina de papel alumínio.

 – Acorda pra cuspir! – grita, ao ver o filho inconsciente.

– Pai?

– Olha aqui.

– Ela fez aquelas sardinhas fitas que eu te falei, estão uma delícia. Tem arroz, feijão e tomate.

– Obrigado, pai.

– Tem bacon no feijão, está uma delícia!”

“A arte de produzir efeito sem causa” – Lourenço Mutarelli (1964).

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“Certa manhã, arrumadas para a viagem a São Caetano, tomávamos café, eu, mamãe e Vera, a outra viajante escalada. A cesta de vime levada sempre nessas visitas, com alças, boa para ser carregada por duas pessoas, já estava pronta, superlotada: com dois litros de vinho, linguiça de porco fresca, linguiça calabresa, salames e queijos, ‘para ajudar o almoço de tia Joana’, dizia mamãe.”

"Anarquistas graças a deus"– Zélia Gattai (1916-2008).

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Pulou da cama: como perder os enterros? Saiu do banheiro já vestido, Gabriela acabava de pôr na mesa os bules fumegantes de café e leite. Sobre a alva toalha cuscuz de milho com leite de coco, banana-da-terra frita, inhame, aipim.

“Gabriela cravo e canela” – Jorge Amado (1912-2001).

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“É vem tutu

Por detrás do murundu

Pra cumê sinhozinho

Cum bucado de angu.”

 

“O triste fim de Policarpo Quaresma” – Lima Barreto (1881-1922)

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Jigué viu que a maloca estava cheia de alimentos, tinha pacova tinha milho tinha macacheira, tinha aluá e cachiri, tinha maparás e camorins pescados, maracujá-michira ata abio sapota sapotilha, tinha paçoca de viado e carne fresca de cutiara, todos esses comes e bebes bons...”

“Macunaíma” – Mário de Andrade (1893-1945).

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É uma galinha assada e um queijo-do-reino! Vê que beleza, Nevinha! Vamos esconder o queijo para comermos depois, numa hora de aperto!

“A farsa da boa preguiça” – Ariano Suassuna (1927-2014).




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