Qualquer
jornal ou site que abro tem uma chamada imensa para a entrega do prêmio
americano para melhores filmes e profissionais de cinema do ano passado. O
Oscar, bonequinho assexuado criado em 1928 e cujo valor não passa de US$ 500,
foi entregue pela primeira vez em 1929. A cerimônia (por assim dizer, pois de
vez em quando há bofetada no palco) acontece em Hollywood, naturalmente. Há
muitos anos tentei assistir a uma transmissão, o âncora brasileiro era o
jornalista e crítico de cinema Rubens Ewald Filho (1945-2019), mas achei uma
chatice absoluta e nunca mais perdi horas preciosas de sono por causa de algo
que não mudará minha vida e sobre o qual poderei ter todos os detalhes no dia
seguinte.
Nem sempre prêmios são justos. Já a
assisti a filmes excelentes que sequer foram lembrados. Não me preocupo em ir
correndo ao cinema assistir ao vencedor do Oscar. “Titanic” (1998) dirigido
por James Cameron é o campeão de indicações (catorze) e recebeu onze prêmios –
não vi, mas assisti ao vice-campeão: “Ben-Hur” (1960), de William Wyler,
teve doze indicações e ficou também com onze prêmios! Enfim, pensando no
assunto, resolvi homenagear os amigos nascidos em 1945, com a lista dos
vencedores nas categorias de melhor filme e melhores atores (homens e
mulheres). Assisti à maioria na velha “Sessão da Tarde”.
Nem sempre prêmios são justos. Já a
assisti a filmes excelentes que sequer foram lembrados. Não me preocupo em ir
correndo ao cinema assistir ao vencedor do Oscar. Titanic (1998) é o campeão de
indicações (catorze) e recebeu onze prêmios – não vi, mas assisti ao
vice-campeão: Ben-Hur (1960) teve doze indicações e ficou também com onze
prêmios! Enfim, pensando no assunto, resolvi homenagear os amigos nascidos em
1945, com a lista dos vencedores nas categorias de melhor filme e melhores
atores (homens e mulheres).
O
Oscar de melhor filme foi para “Farrapo Humano” (The Lost Weekend),
dirigido por Billy Wilder (1906-2002), estrelado por Ray Milland (1907-1986) e
Jane Wyman. Milland ficou com o Oscar de Melhor Ator. O filme é um clássico.
Joan
Crawford (1904-1977) recebeu o Oscar de melhor atriz pelo papel em “Alma em
Suplício” (Mildred Pierce), dirigido por Michael Curtiz. Outro clássico: o
filme faz parte da lista do American Film Institute como um dos cem maiores
filmes americanos de todos os tempos.
James
Dunn (1906-1967) ficou com o Oscar de melhor ator coadjuvante por sua
interpretação em Laços Humanos (A tree grows in Brooklyn), dirigido por
Elia Kazan. Parece que 1945 foi um ano em que o alcoolismo estava em pauta.
Duun foi premiado por sua atuação como um pai alcoólatra.
Melhor
atriz coadjuvante: Anne Revere (1903-1990), por “A
Mocidade é Assim Mesmo” (National Velvet), com Elizabeth Taylor e Mickey
Rooney. Um filme delicioso. Em 2003, este filme foi selecionado para
preservação no Registro Nacional de Cinema dos Estados Unidos pela Biblioteca
do Congresso por ser “cultural, historicamente ou esteticamente significativo”.
O filme ganhou o Oscar por melhor montagem ou edição.
Os
demais premiados foram:
Melhor
história original: “A casa da rua 92” (The House on 92nd Street), de
Charles G. Booth.
Melhor
fotografia em cores: “Amar foi minha ruína” (Leave her to heaven), de
John Stahl, com Gene Tierney. O
filme arrecadou mais de US $ 5.000.000, a maior bilheteria de Fox da década de 1940.
Melhor
fotografia em preto e branco: “O retrato de Dorian Gray”, direção de Albert
Levin, com George Sanders e Hurd Hatfield.
Direção
de arte (cores): “Gaivota negra”, direção de Mitchell Leisen, com Joan Fontaine.
Direção
de arte (preto e branco): “Sangue sobre o sol”, dirigido por Frank Loyd, com
James Cagney.
Efeitos
especiais: “Um rapaz do outro mundo” (Wonder Man), dirigido por H. Bruce Humberstone e
estrelado por Danny Kaye .
Melhor
trilha sonora: “Marujos do Amor”, dirigido por George Sidney, com Gene Kelly e
Frank Sinatra.
Melhor
trilha sonora original: compositor Miklos Rozsa para o filme “Quando fala o
coração”, dirigido por Alfred Hitchcock, com Gregory Peck e Ingrid Bergman. Rozsa
é também o autor da trilha de “Farrapo Humano”.
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