domingo, 12 de março de 2023

OSCAR

Qualquer jornal ou site que abro tem uma chamada imensa para a entrega do prêmio americano para melhores filmes e profissionais de cinema do ano passado. O Oscar, bonequinho assexuado criado em 1928 e cujo valor não passa de US$ 500, foi entregue pela primeira vez em 1929. A cerimônia (por assim dizer, pois de vez em quando há bofetada no palco) acontece em Hollywood, naturalmente. Há muitos anos tentei assistir a uma transmissão, o âncora brasileiro era o jornalista e crítico de cinema Rubens Ewald Filho (1945-2019), mas achei uma chatice absoluta e nunca mais perdi horas preciosas de sono por causa de algo que não mudará minha vida e sobre o qual poderei ter todos os detalhes no dia seguinte.

            Nem sempre prêmios são justos. Já a assisti a filmes excelentes que sequer foram lembrados. Não me preocupo em ir correndo ao cinema assistir ao vencedor do Oscar. “Titanic” (1998) dirigido por James Cameron é o campeão de indicações (catorze) e recebeu onze prêmios – não vi, mas assisti ao vice-campeão: “Ben-Hur” (1960), de William Wyler, teve doze indicações e ficou também com onze prêmios! Enfim, pensando no assunto, resolvi homenagear os amigos nascidos em 1945, com a lista dos vencedores nas categorias de melhor filme e melhores atores (homens e mulheres). Assisti à maioria na velha “Sessão da Tarde”.

            Nem sempre prêmios são justos. Já a assisti a filmes excelentes que sequer foram lembrados. Não me preocupo em ir correndo ao cinema assistir ao vencedor do Oscar. Titanic (1998) é o campeão de indicações (catorze) e recebeu onze prêmios – não vi, mas assisti ao vice-campeão: Ben-Hur (1960) teve doze indicações e ficou também com onze prêmios! Enfim, pensando no assunto, resolvi homenagear os amigos nascidos em 1945, com a lista dos vencedores nas categorias de melhor filme e melhores atores (homens e mulheres).

O Oscar de melhor filme foi para “Farrapo Humano” (The Lost Weekend), dirigido por Billy Wilder (1906-2002), estrelado por Ray Milland (1907-1986) e Jane Wyman. Milland ficou com o Oscar de Melhor Ator. O filme é um clássico. 




Joan Crawford (1904-1977) recebeu o Oscar de melhor atriz pelo papel em “Alma em Suplício” (Mildred Pierce), dirigido por Michael Curtiz. Outro clássico: o filme faz parte da lista do American Film Institute como um dos cem maiores filmes americanos de todos os tempos. 





James Dunn (1906-1967) ficou com o Oscar de melhor ator coadjuvante por sua interpretação em Laços Humanos (A tree grows in Brooklyn), dirigido por Elia Kazan. Parece que 1945 foi um ano em que o alcoolismo estava em pauta. Duun foi premiado por sua atuação como um pai alcoólatra.


Melhor atriz coadjuvante: Anne Revere (1903-1990), por “A Mocidade é Assim Mesmo” (National Velvet), com Elizabeth Taylor e Mickey Rooney. Um filme delicioso. Em 2003, este filme foi selecionado para preservação no Registro Nacional de Cinema dos Estados Unidos pela Biblioteca do Congresso por ser “cultural, historicamente ou esteticamente significativo”. O filme ganhou o Oscar por melhor montagem ou edição.

Os demais premiados foram:

Melhor história original: “A casa da rua 92” (The House on 92nd Street), de Charles G. Booth.

Melhor fotografia em cores: “Amar foi minha ruína” (Leave her to heaven), de John Stahl, com Gene Tierney. O filme arrecadou mais de US $ 5.000.000, a maior bilheteria de Fox da década de 1940.

Melhor fotografia em preto e branco: “O retrato de Dorian Gray”, direção de Albert Levin, com George Sanders e Hurd Hatfield. 

Direção de arte (cores): “Gaivota negra”, direção de Mitchell Leisen, com Joan Fontaine.

Direção de arte (preto e branco): “Sangue sobre o sol”, dirigido por Frank Loyd, com James Cagney.

Efeitos especiais: “Um rapaz do outro mundo” (Wonder Man), dirigido por H. Bruce Humberstone e estrelado por Danny Kaye .

Melhor trilha sonora: “Marujos do Amor”, dirigido por George Sidney, com Gene Kelly e Frank Sinatra.

Melhor trilha sonora original: compositor Miklos Rozsa para o filme “Quando fala o coração”, dirigido por Alfred Hitchcock, com Gregory Peck e Ingrid Bergman. Rozsa é também o autor da trilha de “Farrapo Humano”.


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