Depois de passar pelo Museu do Livro Esquecido na rua Santa Luzia, resolvi comer pastel na Liberdade. Subi a velha rua dos Estudantes e já na esquina da rua da Glória comecei a achar que não tinha sido uma boa ideia, mas me animei porque o metrô era logo adiante. Ledo engano! A cada passo via mais gente – uma surpresa quando passei pela Travessa dos Aflitos que, graças à feira, estava intransitável. E daí para frente a situação ficou mais complicada. Calçadas e ruas tomadas por uma multidão – gente comprando, gente batendo papo, gente em filas de padarias, restaurantes, mercados, lojas e sei lá mais o quê. É preciso se desviar de sacolas, mochilas e pacotes. Chegar à praça foi um sacrifício especialmente para quem não gosta de multidão como eu.
A essa altura já nem me lembrava de pastel, queria mesmo
chegar ao metrô, mas não consegui alcançar a entrada e para alcançar o outro acesso
tive que me esgueirar entre pratos de macarrão, bolinhos e outros quitutes que as
pessoas equilibravam enquanto falavam e caminhavam em busca de mais petiscos.
Quem são essas pessoas? Pelo que consegui observar – o
público é bem variado, mas os jovens predominam, alguns capricham na vestimenta
estranha, mas ninguém se vira espantado. O diferente é indiferente. Quando
encontro as escadarias do metrô, vejo um batalhão subindo a escadaria... Lembrei
do bairro chinês de San Francisco, onde a avenida é mais ampla e tudo
parece mais organizado.
Há algum tempo o paulistano descobriu o bairro da Liberdade e
ele está, invariavelmente, muito movimentado. E o público, volto a dizer, é bem
jovem. Sexta-feira eu já havia passado por lá e havia muita gente circulando,
mas nada tão impactante como ontem, pois deu tempo até fazer uma parada na Esquina
do Morango (uma barraquinha) e comprar jabuticaba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário