quinta-feira, 7 de setembro de 2017

 INDEPENDÊNCIA OU MORTE

Nos 195 anos da Independência do Brasil, uma homenagem à mulher por trás do trono: Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda (1797-1926), a arquiduquesa da Áustria, que atravessou o Atlântico para se casar no Brasil com o príncipe português Pedro de Alcântara. Ela foi mais que esposa. Teve papel político importante e tinha a confiança do segundo homem mais poderoso do Brasil: José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1829). Antes de partir para Santos no dia 13 de agosto de 1822, D. Pedro nomeou Leopoldina chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com poderes legais para governar o país durante a sua ausência. Em setembro em meio a uma crise, Paulo Beregaro partiu do Rio de Janeiro encarregado de entregar três cartas a D. Pedro. Uma delas era de Leopoldina incentivando o marido a dar o passo decisivo para a independência do Brasil. As outras duas eram de José Bonifácio e de Antonio Carlos (1773-1845), que se encontrava em Lisboa. Bregaro encontrou o príncipe no alto do Ipiranga de volta para o Rio. 
. As outras duas eram de José Bonifácio e de Antonio Carlos (1773-1845), que se encontrava em Lisboa. Bregaro saíra do Rio de Janeiro em direção a Santos e encontrou o príncipe no alto do Ipiranga de volta para o Rio.
Leopoldina era inteligente e educada. Tinha 19 anos quando se casou com D. Pedro. O casal sete filhos entre eles D. Maria que foi rainha de Portugal e D. Pedro, o segundo imperador do Brasil. Sempre foi querida pelos brasileiros e se interessou pelas questões da terra. Os historiadores se dividem sobre a causa da morte dela. A versão de violência doméstica cujas únicas testemunhas teriam sido ela, o marido e a amante dele, Maria Domitila de Castro Canto e Melo, foi contrariada em 2012 com a exumação do corpo que não revelou fraturas.
A arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel em seu trabalho de mestrado na Universidade de São Paulo (Museu de Arqueologia e Etnologia), declarou que “Com base em fontes primárias, vimos que a morte dela não foi consequência de uma agressão de Dom Pedro I. Não podemos falar que ela nunca tenha sido agredida, mas podemos garantir que nunca houve ato que levasse a alguma fratura, menos ainda que a pudesse levar à morte”. (Veja, fevereiro, 2013.)
Leopoldina era irmã de Maria Luísa da Áustria (1791-1847), segunda esposa de  Napoleão Bonaparte.  



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