OS CIENTISTAS
DO DIA
No dia 27
de dezembro nasceram dois grandes cientistas: Johannes Kepler (1571-1630) e
Louis Pasteur (1822-1895). Kepler, matemático e astrônomo alemão, pesquisou o
universo, enquanto Pasteur, médico e químico francês, foi um dos criadores da
microbiologia.
Kepler é
uma figura interessante. Ele pretendia estudar teologia, mas interessou-se pela
astronomia demonstrando também uma extraordinária habilidade matemática que lhe
garantiu o posto de professor da matéria em uma escola luterana de Gratz.
Kepler praticou astronomia e astrologia, mas costumava se referir à astrologia
como a “ridícula irmãzinha da astronomia”. Ele publicou um calendário de
previsões que, por sorte, se mostrou correto tanto na previsão do tempo como de
revoltas camponesas, mas outros não se mostraram tão corretos. Ele diria mais
tarde que, se as suas previsões se realizaram, isso deveria ser atribuído à
sorte. Prático, continuou fazendo horóscopos quando lhe pediam,
especialmente se o solicitante era rico.
Esse lado prosaico de Kepler não interferiu
em suas pesquisas científicas. Durante anos ele observou o planeta Marte –
interrompeu os estudos apenas quando em 1604 apareceu uma supernova que o
interessou e gerou o livro A nova estrela,
publicado em 1604. Retomou a pesquisa e os cálculos sobre Marte e em 1609
publicou “A nova astronomia” – um título perfeito, pois as descobertas de Kepler
iam contra todo o conhecimento consagrado até aquela época.
Outra
descoberta importante do cientista alemão mostra que a relação entre o tempo
que cada planeta leva para completar uma orbita elíptica e sua distância média
do Sol é a mesma para todos eles. Enquanto trabalhava nesta teoria, ele fez uma
relação entre a velocidade dos planetas em suas órbitas e a harmonia musical.
Embora sem valor científico atualmente, ele foi capaz de relacionar as
velocidades mais retas e mais baixas de cada planeta à escala musical.
Os
apreciadores de cerveja e vinho devem muito a Louis Pasteur. Assim como, os
criadores de bicho-da-seda, gado e aves domésticas. O cientista, que teve uma
vida bem atribulada, tornou-se uma celebridade porque muitas das suas pesquisas
envolviam a economia rural e os resultados davam-lhe visibilidade e
popularidade. Em 1854 ele foi lecionar química na Faculdade de Ciência da Universidade
de Lille. Os cervejeiros locais enfrentavam um sério problema com o produto,
que azedava após a fermentação e convenceram Pasteur a pesquisar o fato. O
resultado dos estudos e experimentos mostrou que o processo o problema era
causado pela presença de organismos vivos, que vinham do ar. Pasteur provou que
“o número de ‘corpos’ organizados dependia da variação da umidade e da
temperatura do ar, assim como da altitude”.
O seu
trabalho sobre a fermentação do leite talvez seja o mais conhecido no mundo: o
aquecimento do leite a 65 graus centígrados por meia hora destrói os bacilos do
ar específicos do ar associados a ele. O processo é conhecido como pasteurização.
Em 1865, uma doença desconhecida matava milhões de bichos-da-seda no sul da
França e a produção caíra em 75%. Pasteur identificou uma infecção bacteriana e
sugeriu as precauções para evitar problemas futuros. Em seguida ele foi
pesquisar o mal que dizimava gado e aves domésticas – antraz e cólera das
galinhas. Identificou a causa como bacilos, se a cólera das galinhas era
transmitida entre as aves, no caso do antraz havia o risco de transmissão para
o homem. Com uma pesquisa cuidadosa, criou vacinas seguras contra o antraz
(1881) e a hidrofobia (1882).
Quem
aprecia bom cinema e quiser saber mais sobre o cientista pode assistir a “A
história de Louis Pasteur”, de William Dieterle, 1936. Paul Muni foi premiado
duas vezes pelo papel de Pasteur. O
filme venceu o Oscar de 1937 nas categorias de melhor ator e melhor roteiro;
no Festival de Veneza de 1936 Paul Muni ganhou o prêmio de de melhor ator.
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