quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

OS CIENTISTAS DO DIA
No dia 27 de dezembro nasceram dois grandes cientistas: Johannes Kepler (1571-1630) e Louis Pasteur (1822-1895). Kepler, matemático e astrônomo alemão, pesquisou o universo, enquanto Pasteur, médico e químico francês, foi um dos criadores da microbiologia. 
Kepler é uma figura interessante. Ele pretendia estudar teologia, mas interessou-se pela astronomia demonstrando também uma extraordinária habilidade matemática que lhe garantiu o posto de professor da matéria em uma escola luterana de Gratz. Kepler praticou astronomia e astrologia, mas costumava se referir à astrologia como a “ridícula irmãzinha da astronomia”. Ele publicou um calendário de previsões que, por sorte, se mostrou correto tanto na previsão do tempo como de revoltas camponesas, mas outros não se mostraram tão corretos. Ele diria mais tarde que, se as suas previsões se realizaram, isso deveria ser atribuído à sorte. Prático, continuou fazendo horóscopos quando lhe pediam, especialmente se o solicitante era rico.
  Esse lado prosaico de Kepler não interferiu em suas pesquisas científicas. Durante anos ele observou o planeta Marte – interrompeu os estudos apenas quando em 1604 apareceu uma supernova que o interessou e gerou o livro A nova estrela, publicado em 1604. Retomou a pesquisa e os cálculos sobre Marte e em 1609 publicou “A nova astronomia” – um título perfeito, pois as descobertas de Kepler iam contra todo o conhecimento consagrado até aquela época.
Outra descoberta importante do cientista alemão mostra que a relação entre o tempo que cada planeta leva para completar uma orbita elíptica e sua distância média do Sol é a mesma para todos eles. Enquanto trabalhava nesta teoria, ele fez uma relação entre a velocidade dos planetas em suas órbitas e a harmonia musical. Embora sem valor científico atualmente, ele foi capaz de relacionar as velocidades mais retas e mais baixas de cada planeta à escala musical.
Os apreciadores de cerveja e vinho devem muito a Louis Pasteur. Assim como, os criadores de bicho-da-seda, gado e aves domésticas. O cientista, que teve uma vida bem atribulada, tornou-se uma celebridade porque muitas das suas pesquisas envolviam a economia rural e os resultados davam-lhe visibilidade e popularidade. Em 1854 ele foi lecionar química na Faculdade de Ciência da Universidade de Lille. Os cervejeiros locais enfrentavam um sério problema com o produto, que azedava após a fermentação e convenceram Pasteur a pesquisar o fato. O resultado dos estudos e experimentos mostrou que o processo o problema era causado pela presença de organismos vivos, que vinham do ar. Pasteur provou que “o número de ‘corpos’ organizados dependia da variação da umidade e da temperatura do ar, assim como da altitude”.
O seu trabalho sobre a fermentação do leite talvez seja o mais conhecido no mundo: o aquecimento do leite a 65 graus centígrados por meia hora destrói os bacilos do ar específicos do ar associados a ele. O processo é conhecido como pasteurização. Em 1865, uma doença desconhecida matava milhões de bichos-da-seda no sul da França e a produção caíra em 75%. Pasteur identificou uma infecção bacteriana e sugeriu as precauções para evitar problemas futuros. Em seguida ele foi pesquisar o mal que dizimava gado e aves domésticas – antraz e cólera das galinhas. Identificou a causa como bacilos, se a cólera das galinhas era transmitida entre as aves, no caso do antraz havia o risco de transmissão para o homem. Com uma pesquisa cuidadosa, criou vacinas seguras contra o antraz (1881) e a hidrofobia (1882).


Quem aprecia bom cinema e quiser saber mais sobre o cientista pode assistir a “A história de Louis Pasteur”, de William Dieterle, 1936. Paul Muni foi premiado duas vezes pelo papel de Pasteur. O filme venceu o Oscar de 1937 nas categorias de melhor ator e melhor roteiro; no Festival de Veneza de 1936 Paul Muni ganhou o prêmio de de melhor ator.



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