E produz conhecimento.
O município de São Paulo
com seus 1 521,11 km² abriga uma cidade de 4.800 km², com prefeito (nada de
vereadores), um pequeno número de moradores e uma grande população de passagem.
Por suas ruas, avenidas e praças arborizadas circulam diariamente milhares de
pessoas. Ônibus lotados e carros nem tanto entram por um dos três portões dessa
cidade. Teatro, cinema, orquestra,
coral, clube, bibliotecas, livrarias, editora e jornais, museus, hospital, farmácia, correios, bancos. Enfim,
quase tudo. Ciclistas se divertem pela manhã, disputando espaço com corredores.
Não apenas passarinhos cruzam os céus, helicópteros também adejam sobre a
cobertura verde observando o trânsito ao redor. Um lugar para se esquecer do
tempo – embora isso seja quase impossível, pois existem duas praças que impedem
que se perca a hora: a Praça do Relógio e a Praça do Relógio Solar. Enfim, só
visitando a Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira (Campus Butantã da
Universidade de São Paulo) para conhecer um dos oito campi da Universidade de
São Paulo. O investimento do Estado na USP (Decreto 29.598 de 02/02/1989 e a LDO – Lei nº 16.511,
de 27/07/2017*) é de 5,0295% da arrecadação de ICMS Líquido do Estado de São
Paulo.
A Universidade de São
Paulo foi criada em 25 de janeiro de 1934 pelo governador Armando de Salles
Oliveira (1887-1945), que no ano seguinte nomeou uma comissão, presidida pelo
Prof. Reynaldo Porchat (1868-1953), para estudar e definir a localização da
Cidade Universitária para onde seriam transferidas as diversas faculdades da
USP então espalhadas pela cidade. Ela é formada pela área destacada da Fazenda
Butantã e uma gleba desapropriada entre a nova e a velha Estrada de Itu,
equivalente a 200 alqueires paulistas. Embora a decisão tenha sido tomada na década
de 1940, a Prefeitura do campus foi criada em 197- para planejar e implantar a
infraestrutura da cidade universitária. O desafio coube ao professor arquiteto
Luciano Bernini, primeiro prefeito do campus da Capital.
Agora o passeio pode
começar pela Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira. A
maioria das ruas e praças homenageia professores da Universidade. Há algumas
unidades que ocupam o campus, mas não pertencem à USP – Academia de Polícia,
Casa de Cultura Japonesa, Centro Tecnológico da Marinha. Logo na entrada
encontra-se a Praça Prof. Reinaldo Porchat, com uma escultura em sua homenagem.
Mais adiante fica o Relógio Solar, criação do professor da FAU/USP, Caetano
Fraccaroli (1911-1987). É de Fraccaroli também o Monumento à Liberdade, que
adorna a entrada do Hospital Universitário. Escultura de quatro metros de
altura em resina e fibra de vidro.
Como não poderia deixar
de ser a Torre Universitária ou Torre do Relógio destaca-se nesse ambiente
quase bucólico: obra do arquiteto Rino Levi (1901-1965) ela tem painéis criados
pela escultora vicentina Olga Elizabeth Magda Henriette Nobiling (1902-1975).
No entorno do espelho de água pode-se ler que “No
Universo da Cultura o centro está em toda a parte”, frase do professor
Miguel Reale, ex-reitor da USP.
Vale a pena conhecer o
monumento em homenagem ao arquiteto Ramos de Azevedo, que foi inaugurado em
1934 na Avenida Tiradentes, próximo à Estação da Luz, mas em 1973 foi removido
de lá para a Cidade Universitária por causa das obras do metrô. Popularmente
conhecido como a “estátua do cavalo”. (Fotos: Hilda Araújo, 2013)
Relógio Solar. |
Torre Universitária e a Reitoria ao fundo. |
Fontes: Relatório da CODAGE/USP, abril de 2018. Site consultado
em 30/07/2018.
*Nem todas as unidades da USP em São Paulo ficam na
Cidade Universitária (Direito, no Largo de São Francisco e Medicina, Cerqueira
Cesar).
*Campi da USP: Piracicaba, Pirassununga, Lorena,
Ribeirão Preto, São Carlos, Bauru e São Sebastião.
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