OS DEZOITO DO FORTE
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Rio de Janeiro, novembro de 2015. |
No dia, 6 de julho de
1924 terminava a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, iniciada na véspera e
que não alcançara as proporções almejadas porque os revoltosos não tinham programa
nem objetivos políticos. No dizer do general Aristides Leal, eles eram “jovens
sonhadores que agiam mais impulsionados pelo entusiasmo da juventude”. O
presidente do Brasil era Epitácio Pessoa (1865-1942) e estava em fim de
mandato. Uma série de acontecimentos políticos gerou o movimento de
insubordinação entre os militares, que em princípio contavam com a adesão dos
Fortes de Copacabana e do Vigia além de outras guarnições do Distrito Federal, mas
que no momento combinado não ocorreu. Os homens da Escola Militar de Realengo
chegaram a sair do quartel, mas foram detidos e desarmados sem resistir; a
guarnição de Campo Grande, Mato Grosso, capitulou diante da superioridade
numérica das forças legais e o Forte do Vigia não se manifestou. O capitão
Euclides da Fonseca (filho do Marechal Hermes da Fonseca), no comando do Forte
de Copacabana, levou o plano avante e ameaçou o palácio do Catete durante dois
dias.
Ao
tentar negociar com o governo no Catete, Euclides da Fonseca foi preso e
telefonou para o tenente Siqueira Campos determinando a rendição. Siqueira
Campos convidou os companheiros a marchar sobre o Catete. Apenas 18 aderiram à
marcha e tornaram-se uma lenda, pois quando se recusaram a obedecer às ordens
de rendição foram atingidos por tiros de fuzil que mataram uns e feriram
outros. O número de resistentes varia de 28, segundo o general Abílio de
Noronha, 18 de acordo com a imprensa e 12 conforme o Brigadeiro Eduardo Gomes,
sobrevivente do episódio. O outro sobrevivente foi Siqueira Campos. Um dos
participantes da marcha foi o civil Otávio Correia, morto na ação.
A
revolta marcou o início do movimento tenentista que teve presença marcante no
período da ditadura de Getúlio Vargas (1930-1945).
Mural do Forte de Copacabana: homenagem aos 18. |
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