Um bom paulistano já
ouviu falar da Igreja de San Gennaro mesmo que não seja cristão, afinal, suas
festas são parte do calendário de eventos de São Paulo. Afinal, Igreja
de São Januário ou em italiano San Gennaro é a mais antiga da Mooca. Ela
foi fundada em 2 de fevereiro de 1914 pelo arcebispo de São Paulo, D. Duarte
Leopoldo e Silva. A primeira festa aconteceu em setembro de 1974 para levantar
fundos para obras na igreja e foi um sucesso enorme, repetindo-se nos anos
seguintes e atraindo cada vez mais pessoas. O segredo: a tradicional comida
italiana – caponata de berinjela, sardella, alichella fogazza, pizza e todos os
embutidos e queijos possíveis entre muitas outras iguarias. E não falta música,
claro. Um dos grandes incentivadores do evento foi o Maestro Záccaro
(1948-2003). No dia 19 de setembro ocorre a procissão luminosa que lembra o
martírio de San Gennaro. (Rua da Mooca, 950.)
A
Paróquia de São Rafael Arcanjo (Largo São Rafael) foi fundada em 1935 e a
igreja começou a funcionar em 1938, antes de estar concluída. Em 1940, foi
criada a igreja de Nossa Senhora do Bom Conselho (Rua da Mooca, 3911). Em 1959
o bairro ganhou mais duas igrejas: São Pedro Apóstolo (Rua Ibitinga, 838) e
Nossa Senhora Aparecida dos Ferroviários (Rua Almirante
Brasil, 125).
A antiga capela do Hipódromo, erguida por uma família do bairro, foi doada à
Cúria Metropolitana de São Paulo e em 1960 tornou-se a Igreja São Miguel
Arcanjo (Rua Taquari, 1100).
Naturalmente, há igrejas de
outras confissões – evangélica, metodista, batista, mórmon, Seicho-Mo-Yê e
testemunhas de Jeová; centros espíritas e templo budista.
Como ir à Mooca? Para pedestres
exploradores de lugares da cidade (como eu), basta tomar o metrô e descer na
Estação Bresser e no terminal de ônibus pegar qualquer um que cruze a Rua da
Mooca ou desça a Avenida Paes de Barros. Rápido e eficiente. Com calçadas bem
cuidadas a Rua da Mooca é bem interessante. O bairro tem vários restaurantes,
lanchonetes e cafeterias à escolha do freguês. Há também o Shopping Mooca (Capitão Pacheco e Chaves, 313). Quando chegar à Rua dos Trilhos imagine que ali havia um antigo
ramal que ligava a ferrovia Santos/Jundiaí ao Hipódromo - este pode ser visto
no mapa da cidade de 1895. A prefeitura manteve a denominação popular.
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