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| Cleópatra, Museu de Berlim. |
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| Garibaldi socorre Anita, 1849. Autor anônimo. |
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| Cleópatra, Museu de Berlim. |
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| Garibaldi socorre Anita, 1849. Autor anônimo. |
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| Abdul, que me guiou pela feira e me introduziu na arte da barganha de que os árabes gostam muito. |
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| "Elegância", Jean Béraud (1848-1935). |
La rue assourdissante autour de moi hurlait.![]() |
| Bellini e Vavá, 1958. |
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| O premiado Billy Wilder. |
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| Joe E. Brown e J. Lemmon: "Ninguém é perfeito." |
Uma figura extraordinária encontrei em Narbonne, sudoeste da França. O
tempo estava encoberto e fazia frio por isso adiei a exploração do Canal de la
Robine e comecei a flanar pela cidade cuja história remonta aos tempos do
Império Romano. Foi assim que descobri a Igreja Notre-Dame de Lamourguier, dessacralizada. Enquanto lia a placa
informando que ali funcionava um museu, surgiu um funcionário que começou a me
explicar o que era o Musée Lapidaire, me conduziu até a lateral da
entrada e falando sem parar sobre a importância e a beleza do lugar. Quando
comecei a tremer de frio por causa do vento, ele me fez entrar na cabine do
caixa. Falei dos planos sobre o Canal de la Robine. Torceu o nariz e me
ofereceu um pacote para visitar quatro museus da cidade. Para me convencer falou
do espetáculo de luzes e música que o Musée Lapidaire oferecia. Ele me
encantou: lembrava Papai Noel. Em nenhum momento se preocupou em perguntar se
eu falava ou entendia francês. Quem resiste? Comprei o ingresso e achei que
jamais assistiria ao espetáculo de que ele falara já que era a única pessoa no
quarteirão inteiro. Após o pagamento, ele me conduziu para o interior da
igreja, foi buscar uma cadeira mal dando tempo para eu descobrir o que era um
museu lapidário, me fez sentar e desejou um bom programa. Saiu e fechou a
porta. Por um momento me preocupei – e se ele me esquecer aqui? Era quase hora
do almoço –, mas então começou o show. Toda a história da igreja e da cidade
por meio de obras de arte foi projetada nas paredes nuas enquanto uma belíssima
música reverberava no ambiente. O bom velhinho, com cabelos brancos e óculos na
ponta do nariz vermelho, apareceu assim que o espetáculo terminou e me
perguntou: “Não é maravilhoso?”. Adorei e jamais o esquecerei.![]() |
| A "Formiga Atômica", desenho de Hanna Barbera, 1965. |
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| Lucca, Itália, 2008. |
Desde que Janet Leigh (1927-2004) foi tomar banho de chuveiro e um
maluco a esfaqueou, o mundo não foi mais o mesmo. Nos velhos tempos das cabines
telefônicas, sempre se podia olhar em volta para ver se havia por perto
pássaros em rebelião. Se quebrar a perna, sente-se à janela, providencie
binóculos e uma namorada rica e elegante antes de começar a bisbilhotar a vida
alheia e arranjar sérios problemas. E... Cuidado ao sentar sobre um baú, pois
nunca se sabe o que ele pode esconder. E se você se pergunta o “que será, será”
tudo isso? É Alfred Hitchcock (1889-1980), o rei do suspense, que nasceu no dia
13 de agosto em Londres.![]() |
| "Ladrão de Casaca": Grace Kelly e Cary Grant. |
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| Rui, formado no Largo de S. Francisco. |
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| Sobral Pinto, formado na Federal do Rio de Janeiro. |
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| Goffredo da Silva Telles, Largo de S. Francisco. |
Embora não faça parte da USP,
a Academia de Polícia Civil “Coriolano Nogueira
Cobra” está localizada no campus Butantã, onde mantém o Museu
do Crime. Esse museu é bem peculiar: registra o lado mais escuro
da sociedade e o combate aos atos ilegais e condenáveis, assim como o trabalho
de resgate e salvamento realizado pelas equipes especializadas da Polícia Civil
do Estado de São Paulo. Além do acervo de criminologia e criminalística, é
possível observar a evolução dos equipamentos de comunicação e de transporte ao
longo do tempo. A mostra, entretanto, não é aconselhável para menores de 16
anos, já que são apresentados vários crimes hediondos, como o do Maníaco do
Parque e “Chico Picadinho”.
O CRIME DA MALA – O corpo mutilado de uma jovem de 21 anos, loira
e de olhos azuis foi encontrado pela polícia dentro de uma mala despachada no
Porto de Santos (SP) e embarcada no navio Massiolia para Bordeaux, na França. O
comandante do navio, alertado por causa do mau cheiro que exalava da bagagem,
acionou a polícia e as investigações levaram ao assassino na Capital. Ele era
José Pistone, italiano, 31 anos, marido da vítima, Maria Mercedes Fea.
Uma história banal que virou
tragédia. O casal de imigrantes italianos enfrentava dificuldades financeiras.
Durante uma discussão Pistone asfixiou Maria Mercedes com o travesseiro e, para
se livrar do corpo, comprou uma mala de couro e mutilou o corpo da mulher para
que coubesse dentro. Em seguida viajou de trem para Santos e na estação, alugou
um caminhão para transportar o volume para o porto de onde despachou a mala
para um fictício Sr. Ferrero Francesco, em Bordeaux. Em seguida, Pistone
contratou por 150 mil réis um táxi para voltar a São Paulo. A tragédia de Maria
Mercedes Fea foi explorada pela imprensa. O corpo foi sepultado em Santos, no Cemitério
da Filosofia (Saboó) e a população da cidade se encarregou de atribuir milagres
à jovem, que estava grávida quando foi assassinada. O feto encontrado junto ao
corpo teria sido abortado após a morte. Cerca de noventa anos após o
assassinato, o túmulo de Maria Fea continua sendo um dos mais visitados na
época de Finados.
No Museu, é possível ter uma ideia
do que a polícia encontrou ao abrir a mala despachada por Pistone.
| Ilustração: escultura do Cemitério da Consolação. HPPA. |