quinta-feira, 30 de agosto de 2018


DUAS MULHERES. DUAS ÉPOCAS.

Cleópatra, Museu de Berlim.
O que Cleópatra e Anita Garibaldi têm em comum? Não apenas a data de nascimento: ambas nasceram em 30 de agosto de eras diferentes, mas as duas deixaram suas marcas na História. Para começar houve muitas Cleópatras, mas foi Cleópatra VII (69 a. C.-39 a. C), a última representante da dinastia de Ptolomeu, que se tornou uma lenda por sua beleza e inteligência, duas qualidades que balançaram o Império Romano. Ou pelo menos Júlio César e Marco Antônio. Teve um filho com César e três com Marco Antônio (dois gêmeos). Quando perdeu o controle do governo para os romanos, ela se suicidou, assim como Marco Antônio.

Garibaldi socorre Anita, 1849. Autor anônimo.
Anita Garibaldi (1821-1849) era filha de imigrantes italianos e nasceu em Laguna (RS). Durante a Revolução Farroupilha (1835-1945) em que o Rio Grande se rebelou contra o governo Imperial, chegou ao Brasil o guerrilheiro Giuseppe Garibaldi (1807-1882) a soldo da republica rio-grandense. Na luta pela tomada do porto de Laguna encontra Anita e ambos se apaixonam. Ela o acompanha nas batalhas e 1842 deixam o Brasil para viver no Uruguai onde se casam. O casal teve mais três filhos. O primeiro nascera no Brasil. Em 1848, Anita e as famílias de outros legionários embarcam para a Europa e mais tarde Garibaldi reuniu-se a eles. O casal testemunha a proclamação da República Romana, mas com a chegada dos exércitos franco-austríacos à Itália, Garibaldi tem que fugir; Anita, grávida novamente, o acompanha, mas acaba morrendo em Ravena. Giuseppe Garibaldi é um dos grandes batalhadores pela unificação italiana, ficou conhecido como “herói de dois mundos”.


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