FUNDO DO BAÚ
A descoberta, no fundo do baú, do caderno de Português
das aulas de D. Zulmira, no Liceu Feminino Santista, foi bem reveladora. Como esta
lição de casa. Só para matar saudade em uma segunda chuvosa do papagaio que me acompanhou por 30 anos.
Sábado,
13 de maio de 1961.
Narração:
“O pássaro”.
UM
SUSTO
Chegara o dia da volta de vovó, que se encontrava
viajando, fazia algum tempo.
Ia ela para casa, muito contente, sabia que em casa
todos tinham ido buscá-la, com exceção da empregada, que ficara preparando o
almoço.
Quando abri a porta, levei um grande susto: ouvi
gritos muito esquisitos e diferentes de todos os que até então tinha ouvido.
Corri para a empregada e perguntei quem gritava
daquele modo e porque ela se demonstrava tão calma. A rapariga respondeu-me,
que vovó havia mandado para nossa casa quatro lindos papagaios, e eram eles que
gritavam de tal modo.
Hoje ainda existe uma dessas aves palradoras em minha casa.
Sempre que a vejo, lembro-me daquele
enorme susto!
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