No dia 2 de
setembro de 1822, a princesa Leopoldina era chefe do Conselho de Estado e
regente do Brasil. No dia 15 de agosto, ela fora nomeada por D. Pedro que
estava de partida para São Paulo em uma viagem de cunho político. Nesse dia,
ela recebeu correspondência de Portugal informando que em Portugal
articulava-se a volta do Brasil à condição de mera colônia lusitana. A regente reúne
o Conselho de Estado para discutir a situação e aconselhada por José Bonifácio
de Andrade e Silva, assina o decreto de independência do Brasil. Ela e o
ministro escrevem a D. Pedro informando a urgência da ação contra as medidas
das cortes portuguesas, aconselhando-o a agir imediatamente. José Bonifácio
convoca Paulo Bregaro para levar a correspondência ao príncipe em Santos, onde ele
deverá estar. O resto é história: D. Pedro deixa Santos mais cedo e Bregaro o
encontra com a comitiva às margens do Ipiranga no planalto.
“Sessão do
Conselho de Estado” – obra vencedora do concurso da Exposição do Centenário da Independência. Quadro
da paulista Georgina Moura Andrade de Albuquerque (1885-1962), acervo do Museu Histórico Nacional no Rio de
Janeiro e destruída no incêndio de ontem (2). A artista valoriza a figura de Dona Leopoldina, que dialoga com José
Bonifácio de Andrade e Silva de pé em primeiro plano. Os demais membros do
Conselho são Martim Francisco Ribeiro (sentado), Joaquim Gonçalves Ledo (mãos
sobre a mesa); em segundo plano veem-seCaetano Pinto de Miranda Montenegro,
Manoel Antônio Farinha, Lucas José Obes e Luiz Pereira da Nóbrega. Georgina
de Albuquerque, natural de Taubaté, foi a primeira mulher a se dedicar à
pintura histórica no Brasil.
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