sexta-feira, 1 de maio de 2020

CONFINAMENTO REAVIVA BOAS LEMBRANÇAS

        O que escrever no Dia 1º de Maio em que o trabalho é a principal preocupação em todo mundo? Resolvi homenagear minha ferramenta de trabalho que há alguns anos foi recolhida para museus: a máquina de escrever. Creio que a música a música preferida dos jornalistas da velha guarda era a cacofonia das redações no fechamento das edições dos jornais. Cada repórter escrevendo suas matérias, dedos ágeis batucando as teclas, olhos fixos na lauda que ia rolando linha por linha até uma pausa para trocar as folhas, cabeça pensando rapidamente, coordenando ideias, buscando clareza. Se o instrumento principal era da máquina de escrever, sempre havia a campainha dos telefones com fontes para ajudar a atualizar as notícias e nesse pandemônio mal se ouvia o tic-tac do relógio que ditava a urgência das reportagens.

O compositor americano Leroy Anderson (1908-1975) levou o matraquear da velha máquina de escrever para uma orquestra com um resultado bem humorado. Bem, desta vez ela é a solista. E aí vai o concerto para máquina de escrever: The tipewriter.




São Paulo, década de 1980.


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