O pátio do Colégio, onde a cidade nasceu no século XVI, fica num topo de
morro e ainda hoje nos permite uma visão da Várzea do Carmo (Parque D. Pedro II)
à margem do Rio Tamanduateí. Há quatro séculos a vista deveria ser bela e
acolhedora a ponto de a população denominar de Boa Vista o caminho para a
modesta igreja de São Bento (1598). Há registros do nome em 1711 e, segundo a
Prefeitura, é uma das raras denominações dadas pela população da cidade e que
permanece até hoje. O caminhante do século XXI encontra um ambiente bem agitado:
pedestres e veículos disputam o espaço nem sempre de forma cordial. A maioria
dos prédios é ocupada por repartições públicas e bancos. Logo no início da Rua
Boa Vista encontra-se o prédio da Associação Comercial de São Paulo com o
impostômetro, medidor
estatístico, informando o
recolhimento de impostos que os cidadãos pagam. Um sucinto roteiro indica a
Defensoria Pública, o CEDHU (Companhia
de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), Posto Central do SPTrans, Sicoob (Sistema de
Cooperativa de Crédito) e muitos bancos, além de restaurantes, barzinhos e
algumas lojas... Mas quem frequenta a Rua Vinte e Cinco de Março, certamente,
conhece a Boa Vista, que tem dois acessos à estação do Metrô (São Bento).
Além de agências dos grandes bancos brasileiros, ainda há referência a duas
antigas casas bancárias cujos nomes podem ser observados na fachada de dois
prédios: Banco Aliança de São Paulo S.A. (128) e Banco Comercial do Estado de
São Paulo, este fundado pelo advogado José Maria Whitaker (1878-1970) nos anos
1920 e incorporado pelo Itaú em 1974. No 9º andar do prédio número 280, esquina
da Ladeira Porto Geral, encontra-se a sede social do Jockey Club de São Paulo.
Líbero Badaró vista do Edifício Sampaio Moreira. |
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