sexta-feira, 23 de outubro de 2020

A IDA AO PARAÍSO

Manhã de sol, ideal para uma expedição além do bairro, onde passei os últimos sete meses. Decidi caminhar até a Avenida Paulista devidamente protegida. No caminho, a maioria das pessoas de máscara, mas há muitos rebeldes. Até olhei vitrines, coisa que não é do meu feitio. Uma ou duas pessoas nos pontos de ônibus, bem diferente do que costuma ser normalmente, mas agora nada é normal. No Paraíso, um novo empreendimento imobiliário ao lado da estação do metrô. Que bom rever este cenário com o Obelisco ao fundo.  Os paredões da Avenida Vinte e Três de Maio estão floridos... Muito bonitos. Na Avenida Bernardino de Campos, uma placa chama atenção pela prioridade dada aos produtos: cervejas no topo! A Igreja Santa Generosa está com as portas escancaradas, mas vazia. Na Praça Oswaldo Cruz, o índio continua procurando no lago a lança que empunhou até que um vândalo a levou há muito tempo... O jardim da Casa das Rosas também está florido; o Centro Cultural Itaú funciona, mas o SESC mantém apenas algumas atividades pré-agendadas. Com o sol a pino e a temperatura mais alta, melhor retornar. Há uma nova padaria na Bernardino de Campos. Muito convidativa. “Abrimos há oito dias. Venha conhecer” ‒ diz o segurança entusiasmado com a curiosidade da possível freguesa. Prometo voltar em breve. Retomo o caminho de casa, agora uma descida suave. E cheia de sombra. 


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