Em 2015 visitava
o Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, quando vi este objeto entre os
equipamentos caseiros. Lembrei-me de minha avó Maria Luiza. Ela nasceu em uma
fazenda no interior de São Paulo em 1894 e, portanto, uma enceradeira elétrica
ao substituir um pesado escovão foi um grande avanço tecnológico nas lides
domésticas. Cresci em uma casa muito grande, com soalho de madeira corrida, que
após ser encerado, ganhava brilho com a enceradeira. Um dia na escola, lá pelos
anos de 1950, uma colega, deduziu que eu era uma menina muito rica. “Como
assim? Minha família não é rica.” Então ela esclareceu que só gente muito
rica teria uma vassoura elétrica. Eu fique surpresa porque todas as famílias que eu
conhecia tinham vassoura elétrica em casa, objeto que ela desconhecia. Então
expliquei como funcionava o “estranho” aparelho e ela riu muito. Coisas da
minha avó que raramente se referia ao objeto como enceradeira. Eu gostava
quando me deixavam pilotar a vassoura elétrica, pois eu era pequena e magra e tinha a
impressão de que era ela que me levava pela casa. A nossa era uma EPEL
(Indústrias Reunidas Indian) que já estava no mercado desde os anos de 1930. Vi
outra semelhante no Museu da Energia de São Paulo (foto abaixo).
Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, Praça Marechal Âncora.
Museu da Energia de São Paulo, Alameda Cleveland, 601, Campos Elísios.
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