"Oh yes, let them begin the beguine, make them play
Till the stars that were there before return above you,
Till you whisper to me once more,
'Darling, I love you!'
And we suddenly know, what heaven we're in,
When they begin the beguine"
"Oh yes, let them begin the beguine, make them play
Till the stars that were there before return above you,
Till you whisper to me once more,
'Darling, I love you!'
And we suddenly know, what heaven we're in,
When they begin the beguine"
É muito desagradável entrar em supermercados, padarias e lojas em geral e ser chamada de minha linda, meu amor, minha querida etc. e tal por pessoas que nem me conhecem, me encontram eventualmente nem sabem meu nome. Basta um “bom dia” e um atendimento correto para eu ficar satisfeita. Ah! É só uma introdução para estas frases que coletei há muito tempo e me esqueci de anotar as fontes.
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“Ama o teu próximo. Se ele for alto, moreno, bonitão, será mais fácil.” Atriz norte-americana Mae West (1893-1980).
“She done him wrong” (1933), filme de Lowell Sherman. O moreno é Cary Grant.
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“Eu te amarei para sempre – eu disse. Ela se virou para a parede e disse apenas: Basta me amar todos os dias.” Escritor francês (nascido em Marrocos) Daniel Pennac (1943).
“Para ser amado seja amável.” Poeta romano Ovídio (43 a.C.-17/18 d.C.)
“Sabe o que é melhor que ser bandalho ou galinha? Amar. O amor é a verdadeira sacanagem.” Tom Jobim (1927-1994).
Terminando com a música de Dolores Duran (1930-1959) e Carlos Lyra (1939): “O negócio é amar”.
Ao mexer nos arquivos de fotos me defrontei com o pavão do Orquidário de Santos e perdi alguns minutos admirando a beleza da ave. Lembrei-me de repente da capa do livro que estou lendo sobre a construção da imagem de Luís XIV, um período da história francesa de que gosto muito. Roberto Rossellini também tem um excelente filme sobre o mesmo tema. Enfim, fico me perguntando o motivo da lembrança... Mesmo para seu tempo e posição, Luís se perdeu no exagero.
EM TEMPO: As fotos foram feitas em épocas diferentes.
Do Bandeirante destemido,
Um mundo de arte e beleza,
Em ti, tem sido construído!
Tens tuas noites adornadas,
Pela garoa, em denso véu!
Sobre os teus edifícios,
Que até parecem chegar ao céu!”
J. M. Alves e Mário
Zan
Não conhece Mário Zan? Uma pena porque até Frank
Sinatra gravou “Os homens não devem chorar" (ou “Nova flor”) em 1958. Mario Giovanni Zandomeneghi (1920-2006) nasceu na Itália; na década de
1920 a família emigrou para o Brasil e se instalou em Santa Adélia (SP). Mário começou
a tocar acordeom aos treze anos e pelo seu talento logo “o moleque da sanfona” estava
se apresentando em bailes, shows e eventos; o rádio o descobriu e passou por
várias emissoras de São Paulo até que foi ao Rio de Janeiro para conhecer Luiz
Gonzaga (1912-1989) e tornaram-se amigos. O rei do baião considerava Mário Zan “o
rei da sanfona”. Após a temporada carioca retornou a São Paulo. Cravo Albin informa
que Zan teve cerca de mil músicas gravadas em sua bem sucedida carreira e 36 foram
gravadas por cantores de outros países. Entre os seus muitos sucessos
destacam-se o “Hino do Quarto Centenário” (com J. M. Alves), “Chalana” (com Arlindo
Pinto) “Meu primeiro beijo” (com Cláudio de Barros), “Iracema” e “Capricho
Cigano”. “Festa na Roça” continua fazendo sucesso, pois de acordo com pesquisa
do ECAD é a mais tocada em festas juninas pelo Brasil afora. Zan participou de
dois filmes - “Tristeza do Jeca” (1960) de Milton Amaral, e "Casinha
pequenina" (1963), de Glauco Mirko Laurelli. Zan morreu em
São Paulo em 2006 e seu corpo foi velado na Assembleia Legislativa.
(J. M. Alves, português, radicado no Brasil em 1929, ingressou na Banda da Força Pública, onde se aposentou como capitão. É de sua autoria entre muitas outras composições a "Canção de Natal", a valsa "Mãe, rainha do lar", a marcha "Tomara que caia" e o samba "Não quero amar".)
Fotos: Edifício Itália (Centro) e Edifício da Fiesp (Avenida Paulista). H.A.
Albert e Elmer foram grandes amigos de infância. Conheceram-se no hospital e depois conviveram um bom tempo no berçário, enquanto se recuperavam. Quando tiveram alta, quase ao mesmo tempo, se separaram e, certamente, nunca mais se encontrarão. Heide não gosta, mas tem consulta marcada no hospital por causa de um problema pulmonar, que precisa estar superado para que ela possa constituir família; já o caso de Arthur, que é meio enrolado, preocupa mais porque deixou de se alimentar e, como dizia minha avó, saco vazio não para de pé. Heide passou no exame e foi levada ao encontro do pretendente; já o caso de Arthur era odontológico e, após a remoção de alguns dentes, o doutor garantiu que ele ficaria muito melhor.
Albert e Elmer não se encontrarão porque o primeiro
é um takin e o segundo, um camelo. Albert perdeu a mãe e sobreviveu graças aos
cuidados da equipe do zoológico enquanto Elmer ao nascer foi diagnosticado com
sopro no coração e ficou internado um bom tempo. Para que não sofressem de
solidão, os cuidadores resolveram aproximá-los e a ideia foi um sucesso. O
takin adorou o camelo, muito maior do que ele, mas que aguentou as brincadeiras
do companheiro com grande dignidade. Albert até dormiu nos costados de Elmer. Saúde
recuperada, ambos voltaram para os seus respectivos semelhantes e vivem em
espaços abertos no zoológico.
Heidi, uma
ursa preguiça preta, já constituiu família, enquanto o jovem Arthur é um
simpático tatu-bola que, apesar de banguela, alimenta-se bem.
É bem divertido e educativo
o programa do canal ANIMAL PLANET,
que mostra os bastidores de zoológicos dos Estados Unidos, especialmente
voltados para a educação ambiental e programas dirigidos a espécies ameaçadas
de extinção, muitos reintroduzidos na natureza. Todos os animais são
identificados, passam por exames médicos periódicos e os tratadores estão
atentos a sinais de problemas de saúde. Todos são treinados à base de
comidinhas de sua preferência para colaborar com o trabalho das equipes. Assim,
eles se aproximam para comer e deixam que os cuidadores façam exames, tirem
sangue, raspem os cascos (girafas) ou façam alguns exames pré-natal
(rinoceronte).
Há casos em que os animais
criam vínculos fortes com os tratadores, como um elegante flamingo, um urubu desengonçado
ou um pinguim que, por questões de saúde, cresceu longe dos pais. O problema é
adivinhar o dia e a hora do programa.
Em tempo: o takin, conhecido também como boi de camurça, é um mamífero originário do leste do Himalaia e o animal nacional do Butão.
A imagem do camelo é apenas ilustrativa. (Adoro camelos.)
Costumam dizer que o romance policial é um gênero literário menor. Há certo esnobismo na afirmação. Não sou crítica literária nem pretendo ser, mas o gênero tem ótimos escritores e, certamente, pode ser um caminho para conquistar leitores para outras variedades. Os autores costumam usar uma linguagem acessível, estilo leve para contrabalançar com a violência dos crimes e conduzem o leitor pelos meandros da investigação, instigando a imaginação do leitor num verdadeiro jogo para encontrar o culpado.
Sou fã do escritor americano Rex Stout (1886-1975). Se Raymond Chandler conduz o leitor por Los Angeles dos anos 1930, desvendando tanto o submundo como os salões e dormitórios de ricos e famosos da cidade dos anjos por meio de Philip Marlowe na busca de criminosos, Stout nos revela New York, percorrida pelo detetive Archie Goodwin a serviço do preguiçoso, genial e gordo Nero Wolf.
Este
ano li meu primeiro livro do italiano Andrea Camilleri (1925-2018). Na verdade,
foi em 1999 que conheci a série de TV “O comissário Montalbano”, protagonizado
pelo ator Luca Zingaretti. No final do ano passado soube que o criador do
personagem era Camilleri e fiquei curiosa. Da série lembro-me das paisagens
maravilhosas da Sicília e das histórias muito boas. O encontro com Camilleri aconteceu
com “Uma voz na noite” e ele me conquistou logo nas primeiras páginas.
Não pude deixar de me lembrar de Nero Wolf. Montalbano entre uma investigação e outra se empanturra de boa comida seja em restaurante ou trattoria, casa de testemunha ou de quem lhe ofereça um bom prato. Nero Wolf do outro lado do Atlântico prefere seu próprio cozinheiro porque, como misantropo, detesta comer fora. Hora das refeições são rigorosamente respeitadas. O cliente que se amole O comissário italiano gosta de uísque, o detetive americano não dispensa cerveja. Sobrou uma curiosidade: pelo que come Montalbano deveria ter o físico de Wolf, que por sua vez come moderadamente de acordo com as descrições feitas por Goodwin; entretanto, o comissário aparece sempre lépido e agitado.
Andrea Camilleri tem um texto leve e divertido, povoou a delegacia (comissariado) com personagens interessantes e introduz o leitor à culinária local. Não resisti e já li também “Água na Boca” e “A paciência da aranha”.
O INSTITUTO BUTANTAN foi fundado em 23 de fevereiro de 1901. É uma instituição pública, ligada à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Nesses quase 120 anos de atividades tornou-se uma referência em pesquisas na área de saúde e é um importante produtor de imunobiológicos - a instituição é responsável por grande parte da produção de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. O Instituto conta com o Hospital VITAL BRAZIL, unidades produtoras de biofármacos, um macacário e um serpentário, além da biblioteca.
“A primeira vez que vi o mar, não me esqueço. Parece que isso ficou dentro de mim como uma necessidade permanente do meu ser. Teria uns 10 anos (...) foi de chofre, o mar, uma grandeza longínqua, enorme, fiquei doentio, não ia, me levavam.” MÁRIO DE ANDRADE.
Praia do José Menino, Santos, 2018.
“Os ventos correm, voam, esmorecem,
param, recomeçam, flutuam, assobiam, uivam, riem. Dia e noite, sem descanso, em
qualquer estação, tanto nos trópicos como nos polos, tocando sua trompa
perdida, eles conduzem, entre a névoa e as ondas, a grande caça negra dos
naufrágios... Eles juntam as ondas e as separam, modelando, como se fora com
milhões de mãos, a docilidade da água em sua imensidão.” VICTOR HUGO: Os Trabalhadores do Mar, 1866.
"A tempestade, mais terrível, uivava, e o mar, a cada passo, mais agitado e tremendo, dava-me a impressão de que iria engolir-me. Poderia haver coisa mais assombrosa do que uma tormenta no mar? Se julgava que a fúria dos elementos estava no seu clímax, pobre marinheiro de primeira viagem, estava muito enganado. Porque, assim que deixei de lado os pensamentos que me vinham torturando e me pus a atentar para feia e escura paisagem, vi que a tempestade redobrava de intensidade, e o barco, a jogar malucamente e a ranger, não demoraria muito a ir para o fundo, a todos nos sepultando para sempre. [...] Nunca vi espetáculo mais terrível, de vagas, como montanhas, a elevar-se e depois a despencar sobre o navio, a todo instante, e de tamanha escuridão, a nos rodear.”
ROBINSON CRUSOÉ, Daniel Defoe. (Virtual Books
on line.) Tradutor não citado.
Portmouth, Inglaterra, 1993.
“Há duas fases bem distintas num pôr do sol. No inicio, o astro é arquiteto. Só depois (quando seus raios chegam refletidos e não mais diretos), transforma-se em pintor. Assim que se esconde atrás do horizonte, a luz enfraquece e faz surgir planos a cada instante mais complexos. A luz plena é inimiga da perspectiva, mas, entre o dia e a noite, há lugar para uma arquitetura tão fantasista quanto temporária. Com a escuridão, tudo se achata de novo, como um brinquedo japonês maravilhosamente colorido.“ TRISTES TRÓPICOS, Claude Lévi-Strauss (1908-2009).
Oceano Pacífico. Pôr do sol em Waikiki, Havaí, 27/09/2017.
Pôr do sol em Fortaleza (CE), anos 1970.
Qual Cisne Branco que em noite
de lua
Vai deslizando no lago azul
O meu navio também flutua
Nos verdes mares de Norte a Sul
Linda galera que em noite
apagada
Vai navegando no Mar imenso
Nos traz saudades da terra amada
Da Pátria minha em que tanto penso
Qual linda garça que aí vai
cortando os ares
Vai navegando sob o belo Céu de anil
Minha galera vai cortando os bravos mares
Os verdes mares, os mares verdes do Brasil
Linda galera que em noite
apagada
Vai navegando no Mar imenso
Nos traz saudades da terra amada
Da Pátria minha em que tanto penso
A beleza do mar se renova a
cada momento. Nunca é igual. As ondas vêm de longe, vão crescendo e se
esparramam na praia como renda branca. Oferece uma paisagem que jamais cansa os
olhos do praieiro e muito menos do navegante. Poetas, escritores, viajantes, cientistas,
pesquisadores, marinheiros e músicos se renderam à beleza dos oceanos. Creio
que só Yukio Mishima (1925-1970) moldou um marinheiro que enjoou do mar... (Fotos: Hilda Araújo, 2010.)
OS LUSÍADAS
Eis aqui, quase cume da cabeça
De Europa toda, o Reino Lusitano,
Onde a terra se acaba e o mar começa
E onde Febo repousa no Oceano.
Este quis o Céu justo que floresça
Nas armas contra o torpe
Mauritano,
Deitando-o de si fora; e lá na
ardente
África estar quieto o
não contente.
Luís de Camões (1524?-1580), Canto III ‒ 20.
3 de maio
Relógio
"As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas vão e vêm
As horas
Vão e vêm
Não em vão"
Quase sempre ao falar sobre Lamartine de Azeredo Babo (1904-1963), o seu Lalá, o assunto se direciona para o Carnaval, o que empobrece o seu trabalho como compositor. Se Lamartine ganhou popularidade graças às irreverentes marchinhas carnavalescas de sucesso insuperável, ele também trilhou outros gêneros com grande êxito. Entre seus parceiros estão Noel Rosa, Ary Barroso e João de Barro (Braguinha).
Carioca, Lamartine estudou no Colégio Pedro II, desejava estudar engenharia, mas não tinha recursos e foi trabalhar na Light (empresa de energia), enquanto escrevia para revistas de humor onde revelava seu dom satírico e logo estava colaborando com revistas musicais; só em 1930 se envolveu com o carnaval. Seus primeiros sucessos foram A.B.Surdo (1931) e A.E.I.O.U. (1932). São de sua autoria: Linda Morena, Marchinha do Grande Galo, Cantores do Rádio, com Braguinha, entre tantas outras.
Nem tudo foi carnaval na vida de Lamartine, ele compôs três clássicos: No Rancho Fundo, com Ary Barroso, Serra da Boa Esperança, Eu sonhei que tu estavas tão linda. Quando se trata de festas juninas, lá estão duas músicas insuperáveis de Lamartine: Chegou a hora da fogueira e Isto é lá com Santo Antônio. Torcedor do América Football Club, ele compôs o hino não só do seu clube, mas também do Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama e Bangu.
Lamartine foi presidente da União Brasileira de Compositores (UBC); em 1951 casou-se com Maria José e em 1956 encerrou a carreira radiofônica. Em 1963, o empresário Carlos Machado produzia um musical baseado na vida de Lamartine, mas o compositor faleceu antes da estreia do espetáculo. Ele nasceu em 10 de janeiro de 1904.
Quem foi que inventou o Brasil?
Foi seu Cabral!
Foi seu Cabral!
No dia vinte e um de abril
Dois meses depois do carnaval
Depois
Ceci amou Peri
Peri beijou Ceci
Ao som...
Ao som do Guarani!
Do Guarani ao guaraná
Surgiu a feijoada
E mais tarde o Paraty
Depois
Ceci virou Iaiá
Peri virou Ioiô
De lá...
Pra cá tudo mudou!
Passou-se o tempo da vovó
Quem manda é a Severa
E o cavalo Mossoró
"No entardecer dos dias de Verão, às vezes,
Ainda que não haja brisa nenhuma, parece
Que passa, um momento, uma leve brisa
Mas as árvores permanecem imóveis
Em todas as folhas das suas folhas
E os nossos sentidos tiveram uma ilusão,
Tiveram a ilusão do que lhes agradaria...
Ah, os sentidos, os doentes que vêem e ouvem!
Fôssemos nós como devíamos ser
E não haveria em nós necessidade de ilusão
Bastar-nos-ia sentir com clareza e vida
E nem repararmos para que há sentidos ...”
[...]
Fernando Pessoa: Poemas Completos de Alberto Caeiro.(Biblioteca Luso-brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1983.)
“August Afternoon”, de Childe Hassam (1839-1935), pintor americano.
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Em 28 de outubro de 1956, Elvis Presley foi vacinado contra a poliomielite no famoso programa da TV americana “The Ed Sullivan Show”. Sobre o assunto ver o artigo do jornalista e historiador David M. Perry, consultor do Departamento de História da Universidade de Minnesota:
https://edition.cnn.com/2020/12/03/opinions/covid-vaccinel-leadership-elvis-presley-perry/index.html
O dia amanheceu claro e quente. Típico de verão. Nem poderia ser diferente já que é verão. Leio os jornais, olho a correspondência e na internet procuro sebos no bairro. Localizo quatro e decido ir ao mais distante, na vila Mariana, porque o que fica próximo de casa é muito pequeno e o do Largo Ana Rosa fechou faz tempo.
Lá vou eu subindo a ladeira enquanto o sol ainda está agradável e vejo uma senhora conversando com o porteiro de um prédio. Paro no semáforo, ela me alcança e não perde tempo em entabular conversa ‒ a velha história sobre o tempo. Respondo sem entusiasmo, mas não se importa, continua animada e logo sei que ela tem problemas nos pés, tem uma enorme coleção de sapatos, sofreu um tombo com tênis e, felizmente, chegamos ao Largo Ana Rosa, onde nos separamos. Observo que o movimento nas ruas aumentou, mas está longe do que era em outros tempos. Na Rua Madre Cabrini nem sombra do sebo; mas o outro é próximo à Rua Sena Madureira. Noto que o Colégio MADRE CABRINI está fechado, assim como o ZAIS, “a casa mais dançante de São Paulo” ‒ o aviso de que voltariam em breve desapareceu da porta. Espero que levado pelo vento e não por outros desígnios.
Enfim, nada do outro sebo. Pesarosa, resolvo tomar um cafezinho e a mocinha me recepciona com um termômetro (temperatura normal). O salão está vazio. No retorno, uma senhora me aborda: “A senhora é católica?” Oh! Céus! Catequese? Respondo que não. Ela se desaponta: “Ah! É que eu queria saber o nome dos Reis Magos”. Disse para ela que isso eu sabia, ou melhor, achei que sabia, porque depois do Belchior e do Baltazar embatuquei; ela então comentou que do nome desses dois ela também se lembrava, mas o terceiro... “Vamos resolver isso.” Entramos em um desses pequenos mercados de grandes redes que pipocam por todas as ruas da cidade e, no celular, pesquisei no Google e descobri o nome do esquecido: Gaspar.
Ela se despediu satisfeita e eu continuei o caminho, desapontada por não encontrar o sebo; mas eis que de repente avisto na outra calçada a loja! Ela estava fechada quando passei e não tem placa! O dono ou gerente comenta que, atualmente, não se preocupa muito com horário ‒ abre entre 10 e 11 horas. Ele não tem o livro, que para encurtar a história encontrei no sebo aqui pertinho de casa ‒ um ótimo sebo, por sinal. Valeu o passeio, que terminou com um delicioso sanduíche de falafel.