A beleza do mar se renova a
cada momento. Nunca é igual. As ondas vêm de longe, vão crescendo e se
esparramam na praia como renda branca. Oferece uma paisagem que jamais cansa os
olhos do praieiro e muito menos do navegante. Poetas, escritores, viajantes, cientistas,
pesquisadores, marinheiros e músicos se renderam à beleza dos oceanos. Creio
que só Yukio Mishima (1925-1970) moldou um marinheiro que enjoou do mar... (Fotos: Hilda Araújo, 2010.)
OS LUSÍADAS
Eis aqui, quase cume da cabeça
De Europa toda, o Reino Lusitano,
Onde a terra se acaba e o mar começa
E onde Febo repousa no Oceano.
Este quis o Céu justo que floresça
Nas armas contra o torpe
Mauritano,
Deitando-o de si fora; e lá na
ardente
África estar quieto o
não contente.
Luís de Camões (1524?-1580), Canto III ‒ 20.
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