"No entardecer dos dias de Verão, às vezes,
Ainda que não haja brisa nenhuma, parece
Que passa, um momento, uma leve brisa
Mas as árvores permanecem imóveis
Em todas as folhas das suas folhas
E os nossos sentidos tiveram uma ilusão,
Tiveram a ilusão do que lhes agradaria...
Ah, os sentidos, os doentes que vêem e ouvem!
Fôssemos nós como devíamos ser
E não haveria em nós necessidade de ilusão
Bastar-nos-ia sentir com clareza e vida
E nem repararmos para que há sentidos ...”
[...]
Fernando Pessoa: Poemas Completos de Alberto Caeiro.(Biblioteca Luso-brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1983.)
“Dia de sol”, tela do pintor
americano Frank Benson (1862-1951) Museu de Arte de Indianápolis.
“On the Alster in Hamburg”, obra de Max
Liebermann (1847-1935).
“August Afternoon”, de Childe Hassam (1839-1935), pintor americano.
"Família na praia", tela do carioca Di Cavalcanti (1897-1976).
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