Que tal terminar o
ano com aquela valsinha de David Nasser (1917-1980) e Francisco Alves
(1898-1952), que poderia vir junto com a folhinha – caso ainda existissem
folhinhas por aí. Para os mais novos, informo que folhinha era o nome de
calendários populares com o nome
da empresa e alguma gravura bonitinha; na parte inferior eram coladas 365
folhinhas – uma para cada dia do ano e, no verso, o santo correspondente ou uma
frase construtiva de algum famoso da época, além das fases da lua.
Até meados do século passado as
folhinhas eram distribuídas por comerciantes aos consumidores fiéis. Calendários
mais sofisticados tinham doze páginas (uma para cada mês) ou seis (dois meses
em cada página) em papel de qualidade e ilustrações coloridas. Empresas como a
Pirelli tinham belíssimos calendários, disputados pelos fornecedores e amigos.
Como tudo neste mundo tem quase sempre um lado malicioso, havia os calendários com fotos de mulheres bonitas, com pouca ou nenhuma roupa como
ilustração. Em 1941, durante a guerra eram distribuídos para os
soldados que recortavam as fotos e as penduravam nos armários (pin up). Muitas
estrelas de Hollywood começaram a carreira de sucesso posando para esses
calendários.
O pintor e ilustrador americano Duane Bryers (1911-2012) em 1956
criou uma pin up fora dos padrões convencionais da época e que se
tornou um personagem de grande sucesso: Hilda (acima), uma pin up gordinha e
divertida.
Voltando à valsinha: “Adeus, ano
Velho” foi gravada em 1951 por João Dias (1927-1996).
Adeus, ano velho
Feliz ano novo
Que tudo se realize
No ano que vai nascer
Muito dinheiro no bolso
Saúde pra dar e vender.
Para os solteiros, sorte no amor
Nenhuma esperança perdida
Para os casados, nenhuma briga
Paz e sossego na vida.
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