domingo, 24 de dezembro de 2023

FRUTAS NATALINAS

 

Na minha infância, nozes, amêndoas, avelãs e castanhas faziam parte da mesa natalina. Minhas preferidas são as castanhas. Como sou um bicho urbano cresci sem me preocupar da origem dos alimentos até que um dia lendo Monteiro Lobato um personagem, não lembro mais qual – talvez Dona Benta, dizia às crianças que as azeitonas, frutos das oliveiras, não nasciam do jeito que eram servidas à mesa. Que surpresa! Assim, descobri a salmoura! Passei grande parte da vida saboreando castanhas portuguesas e nunca me preocupei em saber mais sobre o fruto até que um dia, ao sair do Jardim Botânico de Madri, onde fora ver uma exposição sobre arte e tecnologia, algo caiu na minha cabeça. Olhei para o chão e lá estava ela – foi a primeira vez que via a castanha em seu habitat.  

Hoje ao olhar as nozes lembrei-me da minha ignorância sobre o fruto e fui pesquisar (viva o Google), aproveitando para incluir avelãs. Fique, pois sabendo, que as nogueiras podem viver até 300 anos. São árvores altas que atingem até 25m de altura, se dão bem no frio; a florada começa na primavera do Hemisfério Norte (abril/maio), entre maior e junho surge o fruto carnudo e de cor verde que vai escurecendo e se desfaz, liberando a noz por volta de setembro e outubro, quando é feita a colheita. O nome científico Juglans regia é uma referência a Júpiter, rei dos deuses da mitologia romana.

A árvore pode ter função ornamental; o setor industrial descobriu que o fruto fica ótimo se misturado ao chocolate; folhas, casca e frutos têm propriedades adstringentes e anti-inflamatórias, sem contar que o óleo é usado em cosméticos. Estas são apenas algumas propriedades da aveleira, árvore cultivada na Europa e na Ásia Central. A floração ocorre no inverno, entre dezembro e março e a colheita, no outono.

O trio avelãs, castanhas e nozes é herança portuguesa, com certeza.

Nozes.

Castanhas.





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