segunda-feira, 23 de abril de 2018


LIVRO, LIVRO E MAIS LIVROS
Biblioteca do Monastério Strahov, Praga, 2010. (Foto: Bohumir Proküpek.)

A UNESCO instituiu o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor para homenagear autores e promover o prazer da leitura. Embora a data seja simbólica, foi em um dia 23 de abril que William Shakespeare nasceu (1564) e Miguel de Cervantes (1616) morreu. Dois autores essenciais para quem aprecia bons livros. Contudo, dizem também que a data foi escolhida com base em uma tradição catalã relacionada ao dia de São Jorge, que morreu em 23 de abril de 303, e nessa ocasião os homens costumam oferecer às suas damas uma rosa vermelha e recebem em troca um livro. De qualquer forma é um bom motivo para ler ou comprar um livro.

“Ler um livro pela primeira vez é conhecer um novo amigo; lê-lo pela segunda vez é encontrar um velho amigo.” Provérbio chinês.

“Os livros são como pessoas; eles podem decepcionar ou envolver. Na vida de qualquer homem alfabetizado há sempre um livro que desempenhou um importante papel em seu destino.” Varlam Chalamov (1907-1982), escritor russo.

“Ao lermos, um concerto solitário e silencioso se produz para nossa mente. Todas as nossas faculdades mentais estão presentes nessa exaltação sinfônica.” Stéphane Mallarmé (1842-1898), poeta francês.

“Os livros tomaram conta do apartamento. Embaixo da mesa de jantar, em cima da TV, ao lado do som, no corredor, etc. Sem a estante velha na sala, perdi de vez o controle da situação. Ela podia ser pequena, mas, quando saiu, foi o caos. A vaga ordem com que os livros estavam amontoados desapareceu. Todos os assuntos se misturaram, e a memória visual de cada lombada se embaralhou. Ficamos quinze dias errando por entre pilhas esquizofrênicas.” (Estante nova, de Sérgio Lacerda (1969).

“Aquele que roubar ou tomar de empréstimo e não restituir este livro a seu dono ... que seja acometido pela paralisia e todos os seus membros definhem ...Que as traças se refestelem com as suas entranhas em nome do Verme que nunca morre, e quando, enfim, encaminhar-se para receber a sua punição final, que as chamas do Inferno o consumam eternamente.” Anátema em um manuscrito medieval pertencente ao Mosteiro de São Pedro, em Barcelona. 

The Mentalist. Uma rara série de TV em que um personagem está quase sempre lendo um livro: agente Kimball Cho (Tim Kang). Em uma das cenas, ele tem no porta-luvas do carro o "Idiota" e o parceiro dele pergunta se o livro é bom. Ele responde: "É Dostoievski". Não precisava dizer mais nada, não é? Mais adiante, o parceiro aparece lendo o livro. 

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