LIVRO, LIVRO E MAIS LIVROS
Biblioteca do Monastério Strahov, Praga, 2010. (Foto: Bohumir Proküpek.) |
A
UNESCO instituiu o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor para homenagear
autores e promover o prazer da leitura. Embora a data seja simbólica, foi em um
dia 23 de abril que William Shakespeare nasceu (1564) e Miguel de Cervantes
(1616) morreu. Dois autores essenciais para quem aprecia bons livros. Contudo,
dizem também que a data foi escolhida com base em uma tradição catalã
relacionada ao dia de São Jorge, que morreu em 23 de abril de 303, e nessa
ocasião os homens costumam oferecer às suas damas uma rosa vermelha e recebem
em troca um livro. De qualquer forma é um bom motivo para ler ou comprar um
livro.
“Ler
um livro pela primeira vez é conhecer um novo amigo; lê-lo pela segunda vez é
encontrar um velho amigo.” Provérbio chinês.
“Os
livros são como pessoas; eles podem decepcionar ou envolver. Na vida de
qualquer homem alfabetizado há sempre um livro que desempenhou um importante
papel em seu destino.” Varlam Chalamov (1907-1982), escritor russo.
“Ao lermos, um concerto solitário e silencioso
se produz para nossa mente. Todas as nossas faculdades mentais estão presentes
nessa exaltação sinfônica.” Stéphane Mallarmé (1842-1898), poeta francês.
“Os livros
tomaram conta do apartamento. Embaixo da mesa de jantar, em cima da TV, ao lado
do som, no corredor, etc. Sem a estante velha na sala, perdi de vez o controle
da situação. Ela podia ser pequena, mas, quando saiu, foi o caos. A vaga ordem
com que os livros estavam amontoados desapareceu. Todos os assuntos se
misturaram, e a memória visual de cada lombada se embaralhou. Ficamos quinze dias
errando por entre pilhas esquizofrênicas.” (Estante
nova, de Sérgio Lacerda (1969).
“Aquele que roubar ou tomar
de empréstimo e não restituir este livro a seu dono ... que seja acometido pela
paralisia e todos os seus membros definhem ...Que as traças se refestelem com
as suas entranhas em nome do Verme que nunca morre, e quando, enfim,
encaminhar-se para receber a sua punição final, que as chamas do Inferno o
consumam eternamente.” Anátema em um manuscrito medieval pertencente ao
Mosteiro de São Pedro, em Barcelona.
The
Mentalist. Uma rara série de TV em que um personagem está quase sempre lendo um livro:
agente Kimball Cho (Tim Kang). Em uma das cenas, ele tem no porta-luvas do carro o "Idiota" e o parceiro dele pergunta se o livro é bom. Ele responde: "É Dostoievski". Não precisava dizer mais nada, não é? Mais adiante, o parceiro aparece lendo o livro.
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