Há 73 anos 14 mil homens da 148ª Divisão de Infantaria Alemã e
integrantes da 90ª Divisão de Infantaria Mecanizada e de italianos da Divisão
Itália renderam-se ao 6º Regimento de Infantaria da Força Expedicionária
Brasileira (FEB) em Fornovo, na Itália, durante a II Guerra Mundial. Um feito
extraordinário: a 148ª Divisão de Infantaria foi a única que se rendeu integralmente, na
Itália, antes do armistício.
Os contatos para rendição foram realizados pelo vigário Alessandro
Cavalli, de Neviano di Rossi, que redigiu o ultimato aos alemães e serviu de
correio entre as tropas brasileiras e alemãs. O representante do general Otto
Fretter-Pico foi o major Kuhn, comandante das tropas alemãs, que se apresentou
ao posto de comando do 6º Regimento em Colecchio, iniciando-se o processo de
rendição. A única exigência do oficial alemão foi que se começasse com entrega
dos oitocentos homens feridos, o que foi aceito sem problema. O general Otto
Fretter-Pico e o general italiano Mario Carloni supervisionaram a rendição e se
apresentaram aos oficiais da FEB no fim do dia 30 de abril.
Vários brasileiros receberam medalha por ação nas batalhas de que
participaram: Geraldo Baeta da Cruz, Geraldo Rodrigues de Souza, Arlindo
Tavares Pontes, Arlindo Lúcio da Silva, Tertuliano Pinto Ribeiro, Olavo Soares
do Amaral; sargentos Ivo Limoeiro, José Fonseca e Silva; tenente Gervasio
Deschamps Pinto. Em homenagem à bravura do sargento Max Wolf Filho, morto em 12
de abril de 1945, foi criada uma medalha com o seu nome.
O efetivo da Força Expedicionária
Brasileira foi de 25.334 pessoas (20 eram enfermeiras das unidades de saúde). No
período de ação, que durou oito meses e 19 dias, a FEB perdeu
443 homens entre soldados e oficiais cujos corpos, depois de um período no
cemitério de Pistoia, foram transladados para um lugar especial: o Monumento aos Mortos
da Segunda Guerra Mundial. Nesse mesmo período houve cerca de três mil feridos.
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