BRINQUEDINHO DIVERTIDO
Os
jogos eletrônicos são um sucesso. A tecnologia é fascinante. Especialmente, quando
voltada para o bem-estar das populações. Há, entretanto, um viés de caráter
duvidoso. Milhões de pessoas enfiam o nariz nos seus gadgets e nem percebem o mundo ao redor. Uma pena! A realidade é
sempre mais emocionante do que o mundo digital.
O
mundo gira, mas pouca coisa muda. Na era pré-digital a pauliceia desvairada
parou para assistir à disputa da final de um Campeonato Paulista de Yo-Yô,
promovido pelo jornal Folha da Manhã (avô da Folha de S. Paulo). A competição
teve mais de cem inscritos e a organização teve que prolongar o evento, que
terminou no dia 27 de agosto de 1933 na Praça da Sé. Uma multidão aplaudiu os
finalistas que tiveram até torcida. O vencedor foi Jacy Lage – primeiro campeão
da modalidade no país.
Pintura grega em cerâmica. |
O
ioiô havia desembarcado no Brasil em 1930, na bagagem dos filipinos Regal
Concepción e Joe Radulan, campeões mundiais do jogo. Virou mania nacional. O ioiô
é tão velho quanto o mundo – era praticado pelos chineses, gregos (500 a.C.) e
chegaram à Europa no final da Idade Média. Por essa época era praticado nas
Filipinas. Em 1920 foi introduzido nos Estados Unidos pelo filipino Pedro
Flores e rapidamente se popularizou. O milionário norte-americano Donald Duncan
comprou a patente (sic) e o ioiô tornou-se o brinquedo mais lucrativo da história,
segundo o professor da UNICENTRO Hélvio Alexandre Mariano; entretanto o caso
foi para os tribunais e o ioiô, felizmente, voltou para o domínio público.
No
Brasil, voltou à moda nos anos 1980, quando um refrigerante que trocava
tampinhas da marca por um ioiô. Daniel Borges é o atual campeão brasileiro da
modalidade. E viva o ioiô!
(Fonte:
Revista de História da Fundação Biblioteca Nacional, julho, 2007)
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