VIVA A PETECA
A
cidade do Rio de Janeiro se empetecou toda por causa da realização dos jogos
olímpicos, mas infelizmente nenhuma disputa extraoficial de peteca está
prevista na programação da cidade maravilhosa. Uma pena. O esporte genuinamente
brasileiro, praticado pelos silvícolas quando os portugueses por aqui chegaram
em 1500, tem importantes atletas não só no Brasil, mas na França e no Reino
Unido.
O
Houaiss ensina que a palavra Tupi significa “bater com a palma da mão”. E foi
assim que a peteca chegou ao século XXI firme e forte sem perder as
características originais. O Brasil participou pela primeira vez dos Jogos
Olímpicos em 1920 e, quando a delegação brasileira desembarcou em Antuérpia
(Bélgica) para a V Olimpíada levava na bagagem petecas para aquecimento dos
atletas. O brinquedo despertou a curiosidade na vila Olímpica e o chefe da
delegação nacional, José Maria Castelo Branco, se viu em apuros quando os
finlandeses insistiram em saber as regras daquele jogo.
Demorou
um pouco para se definirem regras e se estabelecer o formato da peteca, formalizando
o jogo cuja prática descontraída era bastante popular no país, especialmente em
Belo Horizonte (MG). Não é de estranhar que Minas Gerais seja responsável pela organização
do jogo em 1973 e foi por lá que também surgiram as primeiras quadras e os
primeiros campeonatos entre diversos clubes de Belo Horizonte. Em 1975 foi
criada a Federação Mineira de Peteca e o esporte foi oficializado em 17 de
agosto de 1985 pelo Plenário do Conselho Nacional de Desporto e o primeiro
campeonato brasileiro de peteca aconteceu em 1987.
Aos
poucos a peteca vai ganhando o mundo. Joga-se peteca em Portugal, Estados Unidos,
Rússia, China, Japão Suíça, Holanda, França, Estônia, Lituânia, Paraguai, Chile,
Bolívia e Argentina.
Se a peteca não está
entre os esportes olímpicos, apesar de sua antiguidade, nem
por isso vamos deixar a peteca cair.
Peteca oficial.
(Michaelis:
empetecar – enfeitar exageradamente.)
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