OS AROS COLORIDOS
No
final dos anos 1950, crianças e adultos do mundo se sacudiam loucamente para
manter uma ou várias argolas girando em torno do corpo! O brinquedo, que se
tornou uma febre, não tinha nada de novo. Os egípcios há mais de três mil anos
já conheciam o bambolê, que faziam com fios secos de parreira. Os gregos na
Antiguidade também adotavam o brinquedo visto em alguns desenhos em cerâmica.
A
tradição não desapareceu, pois em meados do século passado estudantes
australianos se divertiam girando na cintura os aros (agora de bambu). Os
norte-americanos Arthur Melin e Richard Knerr viram a brincadeira e enxergaram
uma oportunidade de fazer um bom negócio. Não se enganaram. Em 1958 produziram
as argolas em plástico colorido, batizaram de hula hoop e puseram à venda. Em quatro meses venderam 25 milhões de
unidades! No Brasil, o hula foi
lançado pela Estrela que lhe deu o nome de bambolê (bambolear). Um sucesso
total.
O
jornalista Alberto Villas, nos seus tempos no Colégio Dom Silvério, participou
de um concurso de twist com um
bambolê vermelho: “Baixou alguma coisa em mim, que nao conseguia mais largar
aquele bambolê.” Fez todos os malabarismos possíveis, rodando o bambolê na
cintura, nos braços, nas pernas e até pescoço. Foi aplaudido de pé. Ele conta o
feito em “O Mundo acabou!”(São Paulo: Globo, 2006)”, seu delicioso livro de memórias organizado a partir
de produtos que fizeram parte de sua vida e de toda uma geração.
Quanto
ao bambolê, atualmente, é indicado para adultos que querem perder peso e afinar
cinturas. Parece até que existe o Dia Mundial do Bambolê.
Nenhum comentário:
Postar um comentário