O argentino Edgardo
Otero resolveu ajudar os simples mortais a elucidar o grande enigma que é a
origem do nome dos países do mundo. Otero teve o cuidado de dividir os países
por continentes; incluir informação etimológica das palavras e ainda presenteia
o leitor com uma breve história de cada país e sua etnografia. O bom da
história é que o autor não se limitou aos países, mas avançou pelo mundo das
ilhas e arquipélagos importantes que estão sob domínio ou proteção de algum
Estado. Ao todo são mais de quatrocentos verbetes.
À medida que se avança na leitura mais forte se mostra a
influência portuguesa pelo mundo. Onde os seus navegadores não foram a partir
do século XV? Na esteira deles, os espanhóis, ingleses e holandeses também se
aventuraram em suas embarcações frágeis por oceanos desconhecidos num misto de
aventura e ânsia de poder e glória, claro. O trágico é o rastro de sangue e
devastação que todos deixaram nessa rota de “descobrimentos”.
Otero teve o cuidado de informar o sistema de governo
atual dos países e colocar os topônimos de cada um. “A Origem dos Nomes
dos Países” (São Paulo: Panda Books, 2006) é desses livros que a gente vai
lendo aos poucos e da forma que quiser – do começo para o fim, de trás para
frente, do meio... É sempre muito interessante.
Quem conhece a República do Kiribati (Quiribati) – cujo nome
significa “perfume do mar”? Trata-se de um país insular no Pacífico Central,
com 33 atóis de corais e ilhas ao longo do equador. A capital é Tarawa. Seus habitantes são os kiribatianos (quiribatianos).
A origem do nome de Barbados, no Caribe, é o ficus
barbata, que havia em abundância na ilha, quando os espanhóis chegaram por
lá no século XVI e a denominaram de Isla
de las Higueras Barbadas. Com o tempo o nome acabou reduzido para Barbados.
O país faz parte da British
Commonwealth e a capital é Bridgetown. Quem nasce lá é
barbadense ou barbadiano. Assim, o Brasil não é o único país com nome de árvore
como alguém me disse recentemente.
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