Há sempre uma angustia quando um livro
desaparece das minhas estantes. Se alguém me empresta um livro, cuido dele como
se fosse meu e devolvo ao dono assim que termino a leitura. Não é diferente, se
pertencerem às bibliotecas circulantes que frequento. Outro dia senti falta de “O
Nome da Rosa”, do Umberto Eco e dos dois primeiros volumes de “Caminhos da
Liberdade”, de Jean Paul Sartre. Penso seriamente em copiar o seguinte aviso
para “esquecer” nos livros, só para o caso de alguém levar um dos meus diletos
amigos.
“Aquele que roubar ou tomar de
empréstimo e não restituir este livro a seu dono... que seja acometido pela
paralisia e todos os seus membros definhem... Que as traças se refestelem com
as suas entranhas em nome do Verme que nunca morre, e quando, enfim,
encaminhar-se para receber a sua punição final, que as chamas do Inferno o
consumam eternamente.” – Anátema em um manuscrito medieval pertencente ao
Mosteiro de São Pedro, em Barcelona*.
*Em
“O Homem que amava muito os livros”, de Allison Hoover Bartlett, Editora Seoman.
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