sábado, 31 de dezembro de 2016

31 DE DEZEMBRO



Um dia dedicado às superstições. Para quem não sabe o significado, o dicionário Houaiss explica que superstição é “a crença ou noção sem base na razão ou no conhecimento, que leva a criar falsas obrigações, a temer coisas inócuas, a depositar confiança em coisas absurdas, sem nenhuma relação racional entre os fatos as supostas causas a eles associadas; crendice, misticismo”. É ainda a “crença em presságios e sinais, originada por acontecimentos ou coincidências fortuitas, sem qualquer relação comprovável com os fatos dos quais se acredita sejam prenúncio”.

            E se você não se enquadra, é mal visto já que poderá trazer “má sorte” aos que se sujeitam às baboseiras da época. Eu não sou supersticiosa. Minha vida se pauta pela razão. E é bem divertida, para quem já pode estar julgando que é aborrecida.

Para começo de conversa odeio roupa branca e detesto lentilhas. Para ganhar dinheiro só vejo um meio: trabalho.

Outra moda é ir para a praia à meia-noite para molhar os pés na sétima onda, tomar banho de mar ou simplesmente molhar os pés. Se funcionasse, moradores do litoral teriam grande sucesso na vida e os que têm dinheiro para viajar para as praias estariam muito melhores de vida.

Ver fogos de artifício que se queimam à meia-noite é outra superstição milenar, pois a ideia dos chineses era espantar os maus espíritos com muito barulho. E olha que começaram a fazer barulho muito antes da invenção da pólvora, usando bambus, que lançados em fogueiras explodem. Assisti a dois ou três espetáculos pirotécnicos à beira-mar e, sinceramente, preferi estar em casa dormindo.

Esta superstição tem um alto custo social e ecológico: as municipalidades pagam pelo espetáculo e a sociedade arca também com os custos da limpeza pública extra e com o prejuízo ecológico das toneladas de lixo deixadas pelos irresponsáveis e, logicamente, inconscientes cidadãos. A desculpa por jogar o lixo na praia, geralmente, é a de que o gari está lá para limpar, o que demonstra também pouca consideração com o trabalhador e nenhuma com o meio ambiente.

Para mim ano novo é apenas um detalhe na hora de preencher documentos a partir de amanhã: 1º de janeiro de 2017.

Como não sou contra diversão, uma boa festa ou bom descanso com os votos de que as metas propostas por cada um sejam alcançadas. Independentemente do ano...  31/12/2016 





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