terça-feira, 9 de abril de 2019

BIGODES ACADÊMICOS

Quantas vezes você visita uma cidade e ela não a atrai no primeiro momento, assim como um livro pode ser arrebatador numa determinada fase da vida e aborrecidíssimo quando se atinge a maturidade... Outros revelam perspectivas diferentes em leituras posteriores. Uma pintura ou fotografia também pode ser vista, revista e sempre revelar algo novo... 
Penso no assunto ao ler textos selecionados nas pequenas biografias dos membros da Academia Brasileira de Letras (ABL) que vêm sendo publicados na SÉRIE ESSENCIAL. Vários faziam parte das antologias dos cursos secundário e colegial do século passado, outros apesar de antigos são novos para mim. Enquanto hesitava na escolha do que ler primeiro, este ou aquele autor que me é desconhecido, as capas me distraem. Algumas são ilustradas com fotos e outras, com caricaturas. Meu interesse muda de foco. Talvez tenha sido induzida pelas muitas referências recolhidas por Seffrin sobre o bigode de Pardal Mallet? Quem sabe?



“Nosso Adonis, com os seus cabelos, o seu bigode, a sua pera de um ouro velho e puro...” (Leôncio Correa) ou “Bigodes de mata-mouros...” (Agrippino Grieco).

O bigode de Lauro Müller se parece com os de Vicente de Carvalho. O bigode de Luís Murat combina com o topete; o de Eduardo Prado lembra um guidão de bicicleta cujas pontas avançam em direção às sobrancelhas... O de Rui Barbosa parece ter inspirado o símbolo da aeronáutica...
As simpáticas caricaturas de J. Bosco levaram-me a selecionar alguns imortais por seus bigodes extravagantes. (Ah! Essa coleção ainda vai dar muita história...)


 












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