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As esculturas de Brecheret da fachada. |
Um belo dia – ou
noite, provavelmente, tomando cerveja –, um grupo de jovens jornalistas resolveu fazer um curso de extensão
na ECA. Não me lembro do tema escolhido, mas, determinados, certa tarde depois
do expediente subimos a Serra do Mar. Um fusca cheio de jornalistas. O problema
é que o mestre ou o tema não agradou. Lá pelas tantas, um olhou para o outro e
todos saíram de fininho. E no caminho de volta lá estava o Jockey Club de São
Paulo todo iluminado. Foi assim que os ilustres representantes da imprensa
santista foram parar nas arquibancadas do clube e terminaram a noitada
paulistana de forma divertida. Foi a primeira vez que fui ao Jockey Club.
Retornei anos depois (já morava em São Paulo) para assistir a um espetáculo de
Taikô.
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Visitantes observam uma das arquibancadas. |
Ontem, voltei para uma visita ao hipódromo. Embora não goste de jogo, sem
dúvida as corridas de cavalo são um belo espetáculo. Lembranças da infância e das transmissões dominicais, se não me falha a memória, pela Rádio Eldorado. Porque
ouvia, é outra história que não vem ao caso. Quando comecei no jornalismo, os jornais ainda publicavam colunas de turfe que sumiram à medida que os hipódromos
foram perdendo o glamour com a saída dos grã-finos das pistas para as
passarelas...
O Jockey nasceu na Mooca. Rafael Aguiar Paes de
Barros (1835-1889), filho do barão de Itu, reuniu 73 sócios e um capital de $9.990
réis e fundou em sua fazenda um clube de corridas de cavalos nos mesmos
moldes dos clubes ingleses. O Hipódromo da Mooca ou Club de Corridas Paulistano tinha capacidade
para 1200 pessoas. A primeira corrida aconteceu em 29 de outubro de 1876 e
estavam inscritos apenas dois cavalos: Macaco e Republicano. Deu Macaco na
cabeça. Logo o Hipódromo tornou-se uma atração da cidade e os visitantes queriam
conhecer o “Prado”. A iniciativa incentivou o desenvolvimento da Mooca e o
clube mudou para uma área doada pela Companhia Cidade de Jardim do outro lado
do rio Pinheiros. As obras estenderam-se de 1937 a 1941. A partir do projeto do
arquiteto Elisário Bahiana, remodelado mais tarde pelo arquiteto francês Henri
Sajous, a nova sede foi inaugurada no dia 25 de janeiro de 1941.
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Museu resume história da instituição. |
O prédio elegante com obras de Vitor Brecheret pode
ser admirado da Rua Lineu Prestes. Na verdade, o público é bem-vindo para
assistir às corridas que acontecem aos sábados à tarde e desfrutar da bela
paisagem da cidade que se descortina das arquibancadas. A entrada é gratuita. É
possível que em breve o hipódromo conviva com um parque público. As visitas
guiadas apenas para grupos e pré-agendadas acontecem duas vezes por semana à tarde.
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Grupo da terceira idade recebido carinhosamente pela equipe e posa com uma das éguas do clube. |
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