sexta-feira, 24 de maio de 2019

DIA NACIONAL DO CAFÉ

Cresci numa família movida a café. Meu pai era corretor de café e teve escritório na Rua XV de Novembro, coração do comércio cafeeiro de Santos (SP). Acordava todos os dias com o aroma do café coado com carinho pela minha avó. No quintal, um pé de café entre tantas outras plantas se cobria de cerejas que eu colhia e comia todos os anos... Mas só aprendi a saborear a bebida quando já era adulta. De manhã o centro de Santos onde se concentravam torrefadoras até os anos 1970 rescendia a café... O jornal onde trabalhei, na esquina da Rua XV de Novembro, convivia com o burburinho dos corretores de café que se reuniam na rua estreita à moda antiga para discutir os preços da bebida, política e o desempenho do Santos Futebol Clube. Num canto da redação, o cafezinho era o ponto para inspiração dos repórteres em busca de um bom lead. Muitas grandes reportagens se concretizaram no Café Paulista (logo na esquina)... A pausa rápida podia ser ali embaixo no Alvorada. Tudo desapareceu, mas o café continua insubstituível.  
       A cidade de São Paulo tem o maior cafezal urbano do mundo formado por 1.536 pés de café das variedades Mundo Novo e Catuaí, numa área de 10 mil metros quadrados em plena Vila Mariana. O cafezal paulistano foi formado na segunda metade dos anos 1950 para pesquisa e atualmente tem cunho histórico, didático e cultural. No dia nacional do café, 24 de maio, quando começa a colheita do fruto no Estado de São Paulo, o Instituto Biológico promove o “Sabor da Colheita”,  um evento público gratuito para que a população possa conhecer uma plantação de café e aprender sobre esse fruto, responsável por enriquecimento econômico do Brasil no século XIX e início do XX.




Instituto Biológico: Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1252

Vila Mariana. Telefone: (11) 5087-1701.

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