quarta-feira, 15 de maio de 2019

JAMES BOND


James Bond era americano, morreu em 1989 e estaria com 119 anos. Era também espião, mas sem licença para matar. Seus interesses estavam bem acima das lutas clandestinas da guerra fria e nunca esteve a serviço da rainha da Inglaterra. Na verdade, os objetos de espionagem de Bond se locomoviam rapidamente pelo céu: aves. Bond, James Bond (1900-1989) foi ornitólogo.

O nome do personagem criado por Ian Fleming (1908-1964) não foi mero acaso. Fleming, além de ter trabalhado no serviço secreto inglês durante a II Guerra, também era um observador de pássaros e conhecia o ornitólogo, mas o que pesou mesmo foi o fato de que o nome não era romântico, era curto e bastante masculino: “era exatamente o que eu precisava e em um segundo o segundo James Bond nasceu”.
James Bond de Fleming completou 66 anos em 13 de abril deste ano, pouquíssimo interessado em pássaros. Ian Fleming publicou Cassino Royale, o primeiro livro como personagem, em 1953. O livro transformado em filme para televisão americana em 1954, teve como protagonista Barry Nelson (1917-2007). Os direitos cinematográficos de quase toda a obra escrita por Fleming foram adquiridos por Harry Saltzman e Albert Broccoli, donos da produtora EON. Em 1962 foi lançado o primeiro filme da série (considerada oficial) com Sean Connery (1930).  Dizem que Fleming julgava David Niven (1910-1983) o ator ideal para o papel de Bond. Mas James Bond será sempre Connery. 

Os roteiros dos filmes de Bond – pelo menos os seis estrelados por Sean Connery – são bem fieis aos livros de Fleming. Acho que li todos depois de ter visto no cinema. (Aliás, este é um detalhe importante para mim: se leio um livro raramente vou assistir ao filme porque em geral me decepciono com os roteiros ou as liberdades dos diretores. Um ótimo exemplo é A fogueira das Vaidades, de Tom Wolfe, cuja adaptação resultou em um filme idiota.)

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