James
Bond era americano, morreu em 1989 e estaria com 119 anos. Era também espião,
mas sem licença para matar. Seus interesses estavam bem acima das lutas
clandestinas da guerra fria e nunca esteve a serviço da rainha da Inglaterra.
Na verdade, os objetos de espionagem de Bond se locomoviam rapidamente pelo
céu: aves. Bond, James Bond (1900-1989) foi ornitólogo.
O
nome do personagem criado por Ian Fleming (1908-1964) não foi mero acaso.
Fleming, além de ter trabalhado no serviço secreto inglês durante a II Guerra,
também era um observador de pássaros e conhecia o ornitólogo, mas o que pesou
mesmo foi o fato de que o nome não era romântico, era curto e bastante
masculino: “era exatamente o que eu precisava e em um segundo o segundo James
Bond nasceu”.
James
Bond de Fleming completou 66 anos em 13 de abril deste ano, pouquíssimo interessado
em pássaros. Ian Fleming publicou Cassino
Royale, o primeiro livro como personagem, em 1953. O livro transformado em
filme para televisão americana em 1954, teve como protagonista Barry Nelson
(1917-2007). Os direitos cinematográficos de quase toda a obra escrita por
Fleming foram adquiridos por Harry Saltzman e Albert Broccoli, donos da
produtora EON. Em 1962 foi lançado o primeiro filme da série (considerada
oficial) com Sean Connery (1930). Dizem
que Fleming julgava David Niven (1910-1983) o ator ideal para o papel de Bond. Mas
James Bond será sempre Connery.
Os
roteiros dos filmes de Bond – pelo menos os seis estrelados por Sean Connery – são
bem fieis aos livros de Fleming. Acho que li todos depois de ter visto no
cinema. (Aliás, este é um detalhe importante para mim: se leio um livro raramente
vou assistir ao filme porque em geral me decepciono com os roteiros ou as
liberdades dos diretores. Um ótimo exemplo é A fogueira das Vaidades, de Tom Wolfe, cuja adaptação resultou em
um filme idiota.)
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