Foi por meio escritor do Jorge Semprun (1923-2011) que conheci a
obra do pintor flamengo Johannes Vermeer (1632-1675). O romance “A segunda
morte de Ramon Mercader” (Editora Paz e Terra) começa com a descrição da tela
“Vista de Delft”, que o personagem principal observa em sua visita à Galeria
Mauritshuis em Haia (Países Baixos). Vermeer fez parte da era de ouro holandesa
(século XVII), mas só foi reconhecido no século XIX. Converteu-se ao
catolicismo para se casar, teve quinze filhos (onze sobreviveram) e seus parcos
rendimentos provinham do comércio de arte mais do que de sua produção
artística. Morreu jovem e na miséria. Interessante observar que as obras foram
realizadas no mesmo local tanto pelas janelas como pelo piso da sala, embora a
decoração do ambiente tenha sido mudada.
Os quadros de cima para
baixo a partir da direita para a esquerda:
Senhora diante do virginal (1670/73).Senhora sentada ao virginal (1673).
Jovem sentada ao virginal.
Mulher com alaúde (1672).
Aula de Música (16662).
Concerto
Em tempo: o virginal é uma versão simplificada do cravo. Achei esta gravação da composição
do inglês Hugh Aston (c.1485-1558), escrita especialmente para o virginal. Vale observar nos quadros que a tampa do virginal era adornada com a pintura de paisagens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário