“Os velhos soldados nunca morrem; eles
apenas desaparecem." General Douglas MacArthur.
O dia 8 de maio marca o final da II Guerra Mundial (1939-1945) na Europa,
quando a Alemanha rendeu-se, incondicionalmente, aos Aliados. A Itália, onde o
Brasil lutou ao lado dos Estados Unidos, rendera-se em 2 de maio. A Guerra do
Pacífico prosseguiu até agosto de 1945.
O Brasil perdeu 467 soldados dos 25.700 que participaram da Força
Expedicionária Brasileira (FEB). Três mil homens foram feridos durante a
campanha. As forças brasileiras fizeram 20.573
prisioneiros – entre eles dois generais, o alemão Otto Fretter e o italiano
Mario Carlonio, comandante da divisão de Versagliere.
Você sabe de onde
eu venho? Várias cidades italianas têm
monumentos lembrando a ação da Força Expedicionária Brasileira cuja importância
na história da II Guerra vem sendo recuperada pelas novas gerações no Brasil. Na
Itália, sabem de onde eles vieram. Os velhos soldados têm recebido a devida
homenagem em quase todo país.
Os restos mortais dos pracinhas mortos
em combate encontram-se desde 1960 no subsolo do Monumento
Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, que compõe o Parque Brigadeiro
Eduardo Gomes (Parque do Flamengo).
Com muita sensibilidade, o poeta Guilherme de
Almeida (1890-1969), autor da letra da “Canção do Expedicionário” usou poesias,
músicas e imagens literárias populares para contar a procedência dos soldados
da Força Expedicionária. O resultado foi excelente e com a música de Spartaco
Rossi (1910-1983) superou o hino da FEB.
A música gravada em setembro de 1944 por Francisco Alves com a
Orquestra Odeon.
Canção do Expedicionário
Homenagem aos veteranos da FEB no Iburapuera em 2017. |
Você sabe de onde eu
venho ?
Venho do morro do Engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Do pampa, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!
Por mais terras que eu percorra...Venho do morro do Engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Do pampa, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!
Você sabe de onde eu
venho ?
E de uma Pátria que eu tenho
No bojo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreno,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacarandá,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá.
Por mais terras que eu percorra...
E de uma Pátria que eu tenho
No bojo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreno,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacarandá,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá.
Por mais terras que eu percorra...
Venho do além desse
monte
Que ainda azula o horizonte,
Onde o nosso amor nasceu;
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.
Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo,
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
Fazendo o sinal da Cruz !
Por mais terras que eu percorra...
Que ainda azula o horizonte,
Onde o nosso amor nasceu;
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.
Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo,
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
Fazendo o sinal da Cruz !
Por mais terras que eu percorra...
Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, Rio de Janeiro, 2015. |
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