sábado, 8 de maio de 2021

ADEUS A UMA AMIGA

 

Maria Aparecida de Oliveira, a Cida, foi uma dessas pessoas raras que por onde passam deixam amigos e admiradores. Chegava à redação discretamente e brindava-nos com seu sorriso; não se importava com as brincadeiras dos colegas; encarava os desafios de cada reportagem com bom-humor e quando reclamava de alguma coisa era com elegância. Num ambiente em que o vocabulário nem sempre era “família”, ela jamais adotou uma expressão inadequada. Era incapaz de ferir as pessoas, tinha sempre uma palavra de conforto ou de incentivo para todos. Trabalhamos juntas por alguns anos, mas ao mudar para São Paulo nos distanciamos. Reencontramos-nos há alguns anos num evento e combinamos um almoço que acabou não se concretizando. Há alguns dias, escrevendo sobre Santa Catarina, lembrei-me dela porque fomos a Oktoberfest ‒ e Cida nem bebia. Em outra ocasião fomos a Guarujá entrevistar o cantor espanhol Manolo Otero que estava se apresentando num clube. Cida era fã. São muitas as lembranças dessa pessoa maravilhosa que, infelizmente, nos deixou. Discretamente, como viveu. Deixa muita saudade. Ela nasceu no estado do Rio, era jornalista e advogada. 



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